Esportes
CBF ameaça rebaixar clubes com novo sistema de Fair Play Financeiro
Proposta de Fair Play Financeiro em 2026 com limite de gastos.
O futebol brasileiro está prestes a passar por grandes mudanças com a chegada do novo Fair Play Financeiro, um conjunto de regras elaborado pela CBF para promover maior responsabilidade e equilíbrio nas contas dos clubes.
Novas exigências financeiras para os clubes brasileiros
A implementação do Fair Play Financeiro será gradual, iniciando em janeiro de 2026 e se tornando obrigatória até 2029, com metas claras e cronograma bem definido para que os clubes possam se preparar.
Entre as principais regras, os clubes deverão garantir que despesas com salários e amortizações de jogadores não ultrapassem 70% da receita, e o endividamento de curto prazo deverá permanecer abaixo de 45% do faturamento.
Principais obrigações e prazos de adaptação definidos para os clubes
O novo regulamento estipula etapas para que as finanças dos clubes fiquem em dia. Para tornar a transição mais eficiente, as obrigações com credores atuais devem ser quitadas até janeiro de 2026, enquanto dívidas antigas têm prazo até novembro do mesmo ano.
Além disso, os clubes terão de criar estratégias detalhadas para cumprir as novas normas, garantindo uma adaptação consistente e evitando sanções futuras.

Como o Fair Play Financeiro influencia o equilíbrio das contas dos clubes
A partir de 2028, será obrigatório demonstrar equilíbrio financeiro. Ou seja, os clubes precisarão apresentar receitas iguais ou superiores aos custos operacionais do período.
O intervalo entre 2026 e 2027 será importante para ajustes internos, já que será um período de preparação para a comprovação de estabilidade. Nesse contexto, o reforço nos controles visa garantir sustentabilidade a longo prazo no futebol brasileiro.
Penalidades previstas para descumprimento das normas financeiras
O sistema prevê uma escala de punições para possíveis infrações, garantindo a seriedade e o comprometimento dos clubes com o novo modelo financeiro. Inicialmente, caso haja descumprimento, o clube deverá apresentar um plano de correção detalhado.
Se houver reincidência, as penalidades se intensificam, incluindo advertências públicas e sanções mais graves, como:
- Multas financeiras proporcionais à infração
- Retenção de receitas de competições
- Proibição temporária de realizar transferências (transfer ban)
- Perda de pontos em campeonatos
- Possibilidade de rebaixamento para divisões inferiores
- Cassação da licença de funcionamento do clube
Monitoramento das finanças dos clubes será rigoroso
O acompanhamento das finanças será feito por meio de um sistema de controle contínuo implementado pela CBF, avaliando folhas de pagamento, dívidas e movimentações de transferências.
Esse monitoramento será intensificado a partir de abril de 2026, exigindo dos clubes rigor no cumprimento das regras e promovendo um ambiente mais equilibrado e competitivo em todas as divisões do futebol brasileiro.
Com as novas regras em vigor, a expectativa é fortalecer a saúde financeira dos clubes e assegurar que o futebol nacional se desenvolva de maneira sustentável e transparente nos próximos anos.