Esportes
CBF promete “nova era” de transparência na arbitragem
Com foco em profissionalização e uso de tecnologia, entidade busca padronizar critérios e recuperar a credibilidade da arbitragem brasileira
Recentemente, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deu um passo importante ao anunciar a criação de um Grupo de Trabalho (GT) focado em aprimorar o setor de arbitragem no Brasil. Essa iniciativa surge no contexto de avanços significativos da CBF em áreas como o Fair Play financeiro e a reformulação do calendário nacional. O principal objetivo do novo grupo é discutir e implementar medidas que melhorem a transparência, a qualidade e a padronização das decisões dentro de campo.
A criação do GT foi formalizada por meio de uma portaria e reflete a necessidade contínua de aperfeiçoar os processos da arbitragem no país. O projeto está alinhado com as diretrizes da FIFA e do International Football Association Board (IFAB), que é responsável por definir as regras do futebol mundial. A partida à frente desse grupo será liderada pelo presidente da Federação Amapaense de Futebol, Netto Góes, com Helder Melillo, diretor executivo da CBF, atuando como relator dos trabalhos.

Quais são os principais objetivos do Grupo de Trabalho?
O Grupo de Trabalho em arbitragem tem como meta ser uma ferramenta estratégica para a modernização do setor. Entre os seus focos estão a integração de boas práticas internacionais, a avaliação de novas tecnologias e o estudo de caminhos que levem à profissionalização dos árbitros. A CBF pretende que o grupo funcione como um catalisador para mudanças significativas, com a implementação de recursos como o impedimento semiautomático e uma maior ênfase na educação continuada para árbitros e assistentes.
Como será a composição do Grupo de Trabalho?
A composição do GT está aberta a clubes, federações, árbitros e assistentes que demonstrem interesse em participar até o final de outubro. A seleção dos participantes levará em consideração a diversidade regional, a representatividade e a experiência no setor. Além disso, a CBF reserva-se o direito de convidar consultores independentes com expertise em arbitragem, gestão esportiva, tecnologia no esporte ou direito desportivo. Esse convite visa enriquecer as discussões e contribuir com uma visão técnica e atualizada sobre o tema.
Quais os desafios e expectativas do novo grupo?
Com a formação desse grupo abrangente, espera-se que haja uma verdadeira revolução na forma como a arbitragem é vista e gerida no Brasil. O modelo de governança compartilhada proposto permitirá que clubes e federações tenham uma participação direta no desenvolvimento de políticas para a arbitragem. Isso não só fortalecerá a confiança entre as partes interessadas, mas também dará voz àqueles que estão diretamente envolvidos no esporte. Segundo Samir Xaud, presidente da CBF, é um momento que demanda tanto reflexão quanto ação, destacando a importância deste grupo como uma resposta concreta para melhorar o sistema e valorizar os profissionais da área.