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CEO de empresa que briga pela concessão do Maracanã afirma que manterá gramado natural

Bernardo Bessa, do Arena 360, concedeu entrevista à Rádio Tupi

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em

Maracanã
Foto: Divulgação/CBF

Neste domingo (17), Bernardo Bessa, CEO do Arena 360, empresa que entrou na disputa para administrar o Maracanã na próxima licitação, afirmou que a gestora pretende manter o gramado natural e que deseja cultivar o DNA do carioca, priorizando o futebol ao invés de shows.

Confira perguntas e respostas da entrevista concedida por Bessa ao Super Futebol Tupi deste domingo:

De onde veio o interesse para disputar a concessão do Maracanã?

“A gente se entende como um administrador de espaços multiuso de espaço de estádios que foram feitos para a Copa do Mundo, o Maracanã passou por uma reforma importante para Copa do Mundo. O interesse vem, a gente tem hoje o segundo maior estádio do Brasil, o Mané Garrincha, hoje Arena BRB Mané Garrincha, recebe 72.000 pessoas, o Maracanã um pouco mais que isso, a gente recebe muitos times cariocas, Vasco, Flamengo, Fluminense e Botafogo jogaram esse ano conosco lá, e é natural que a gente tenha o interesse de administrar e manter o templo do futebol que é o Maracanã como tal.”

Como é que foi a questão do acerto em trabalhar com o Mané Garrincha?

“A gente pega um estádio numa cidade que é Brasília, eu sou Brasiliense, nasci lá, é um estado, uma cidade que não tem uma cultura do futebol de um clube local, mas a gente tem que lembrar que a última capital brasileira antes de Brasília era o Rio de Janeiro, então a gente sofre uma cultura carioca muito forte, muito grande, o Flamengo é a principal torcida da cidade, Vasco é a segunda torcida, o Vasco e Fluminense jogam lá, e a gente sabe a força que esses dois times tem na nossa cidade. Então, a gente pega um estádio, que para muitas pessoas era tido como um elefante branco, que não teria uma outra função a não ser gastar o dinheiro público, e a gente consegue transformar isso. O estádio, quando a gente pega, dava um prejuízo, entre aspas, para o estado de quase R$ 10, 12 milhões com manutenção, e a gente transforma o nosso estádio, não só num polo de esporte, naturalmente com o futebol liderando tudo isso, como um espaço de entretenimento de gastronomia. A gente fez uma live corporativa, e a gente bota hoje a nossa Arena Mané Garrincha como um dos principais pilares que movem economia que o nosso estado. E boto um fato importante, só nesse ano, foram 1.8 bilhões de reais injetados diretamente na economia através dos jogos, do esporte e do entretenimento na nossa cidade.”

O projeto de vocês é viabilizar o bairro Tijuca como um todo, não é isso?

“A gente tem uma proposta mínima de 70 jogos que é a pontuação máxima permitida. E ninguém aqui vai ser infantil ou ninguém aqui vai ser louco de tirar o DNA do Carioca, de tirar o DNA do Maracanã, o Maracanã foi feito e será mantido para o futebol. A nossa prioridade, ao contrário de Brasília, é manter o futebol aqui no estado. Lógico, são 70 jogos e o ano tem 365 dias, a gente se pergunta o que a gente vai fazer com os outros os outros 280 dias, isso não quer dizer que eu vá para o gramado estragar o gramado, o gramado é prioridade, é nosso templo. A gente tem o Maracanãzinho, e aqui eu faço uma provocação, os grandes artistas do mundo tocam em arenas para 12, 13 mil pessoas. Isso é o que a gente quer fazer com o Maracanãzinho, mantendo o basquete do Flamengo que é muito forte, mantendo o vôlei do Fluminense, o vôlei do Flamengo, o próprio basquete do Vasco que volta pro NBB esse ano, o próprio basquete do Botafogo que volta esse ano para o NBB, o Fluminense no vôlei, a gente quer manter esses esportes lá, mas nós temos uma expertise feita em Brasília que eu consigo fazer de basquete, e 12 horas depois eu estar fazendo uma gravação de DVD. Então, assim, a gente quer botar o Maracanãzinho como um piloto ou como um protagonista do entretenimento no Brasil, e no Maracanã como protagonista do futebol brasileiro como ele já é. Nós não viemos aqui, não vamos vir para o Rio de Janeiro querendo mudar o DNA do Maracanã, o Maracanã é o templo do futebol, e a gente entende que, lógico, quando a gente tiver oportunidade, igual aconteceu ontem no show do Paul McCartney, e a gente encaixar shows relevantes pra cidade. Ontem, o Rio de Janeiro voltou pro cenário nacional e mundial ao transmitir o show do Paul McCartney ao mundo inteiro através da Disney com a ESPN. E é isso que a gente quer fazer, eu jamais vou priorizar um grande show em prol de uma partida importante do Flamengo, do Vasco, do Fluminense ou do Botafogo.”

Vocês querem dar a vida que existe no Mané Garrincha além do futebol para o Maracanã?

“A vida além do futebol, a vida com o futebol e, principalmente, a gente pode restabelecer a Tijuca, a Tijuca como um todo. O bairro da Tijuca precisa ganhar valor, ele precisa restabelecer o valor que ele tinha antigamente através do Maracanã, o Maracanã, volto a falar, é o principal templo do futebol no mundo, mas ele não precisa viver só do futebol. Essa é a nossa provocação, o futebol jamais será descartado do Maracanã, mas a gente consegue fazer dentro do complexo atividades gastronômicas, atividades empresariais, lives corporativas, eventos a corporativos, eventos menores, shows de médio porte e shows de grande porte quando o gramado não for exigido. Estamos falando de meses onde o futebol estará fechado. A gente consegue ter uma tecnologia hoje, a gente tem aqui em Saquarema, do lado do Rio de Janeiro, a possibilidade de criar uma fazenda, já existe essa fazenda hoje, e a gente pode fechar o contrato com ela, se assim for necessário, de assim que a gente ganhar a concessão do Maracanã, ter um gramado pronto, dois campos prontos aqui do lado para fazer troca de gramado, e em sete dias a gente fazer outro jogo de futebol com o gramado que foi feita a substituição.”

Como é que está o custo para se manter um gramado no Maracanã?

“Custa muito dinheiro, e isso tá dentro do nosso plano de negócios aqui no Rio de Janeiro, se a gente quer transformar o Maracanã numa arena que consiga receber 70 jogos, 70 jogos têm que ter condições de um gramado em perfeita jogabilidade, um aspecto visual agradável. É óbvio, que nenhum nenhum gramado no mundo que não for sintético, e a nossa briga aqui é um compromisso público com a cidade, compromisso com os clubes do Rio de Janeiro, de não colocar o gramado do Maracanã como sintético. O Maracanã, se assim nós vencermos a concessão, será mantido com o gramado natural, e que esse Gramado natural tenha a jogabilidade garantida, um aspecto visual garantido. Como faremos isso? Através de uma fazenda, junto com uma parceria com a Itograss, que é a maior empresa de gramado do mundo, que tem uma sede aqui em Saquarema, do lado do Rio de Janeiro, aonde a gente consegue fazer uma troca de gramado rápida em sete dias.”

Ouça o restante da entrevista na íntegra:

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