Esportes
Daniel Alves é o único a se pronunciar sobre polêmica e joga responsabilidade para CBF e COB
Medalhistas, atletas da Seleção foram criticados por não utilizar o agasalho oficial do Time BrasilNo desembarque de parte da seleção olímpica, que conquistou a medalha de ouro nos Jogos de Tóquio, no último sábado (09), os jogadores evitaram polemizar ainda mais o não uso do agasalho do ‘Time Brasil’ no pódio, durante o recebimento da premiação. O único a falar sobre o assunto foi o lateral-direito e capitão Daniel Alves, que preferiu deixar para a CBF e o COB se manifestarem sobre o caso.
“Esses são problemas que nós atletas não podemos resolver. São as pessoas que estão acima da gente que têm como responder. Nós estamos ali para servir. Tentamos servir da melhor maneira possível, conseguir o objetivo que a gente tanto sonhava, de colocar o Brasil em primeiro lugar. Essas são as coisas que têm que valorizar. As outras são muito pequenas para a grandeza de uma medalha de ouro” – disse Daniel.
Após o caso, o nadador Bruno Fratus, que ficou com o bronze nos 50m livre, utilizou as redes sociais para criticar a atitude dos jogadores, chamando-os de alienados. Dani Alves, rebateu o nadador no último domingo, mas amenizou a situação durante a chegada no aeroporto de Guarulhos em São Paulo.
“Nós sempre prezamos por defender o bem comum. Eu, como capitão, me senti no direito de comunicar isso, já que nas Olimpíadas estava limitado para fazer declarações. Mas eu sempre prezei para que haja investimento no esporte em geral. Sei da qualidade da nossa matéria. Com pouco investimento, os resultados são satisfatórios, o melhor de toda a história. Parabéns a todos os atletas que nos representaram e nos defenderam. Não só aqueles que conquistaram medalhas. Esse foi meu discurso durante toda a Olimpíada” – continuou o lateral.
“Se tem alguém que preza pela igualdade no esporte, esse alguém sou eu. Tenho amigos em outros esportes e sei das dificuldades que têm por falta de apoio. Não é porque pratico futebol, mas dificilmente vai se poder comparar com outros esportes. Não pela vontade, mas o futebol tem uma maneira diferente de captar, de audiência. Não cabe a nós tentar mudar isso. Nós fazemos a nossa parte” – finalizou Daniel.
O ato feriu o contrato de patrocínio do Comitê, que prometeu acionar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) judicialmente.