Esportes
Diretor da Fifa detona FifPro após críticas ao Mundial: ‘Querem aparecer’
Emilio Garcia contesta acusações sobre calendário e defende ações da entidade em prol dos atletas
Nos últimos tempos, o futebol tem vivenciado acirradas disputas fora dos gramados entre a Fifa e a FifPro, dois gigantes que representam interesses distintos no universo do esporte. A Fifa, entidade que preside o futebol mundial, sob a liderança de Emilio Garcia, discorda das críticas perenes da FifPro, sindicato global dos jogadores, que tem como figura proeminente Sergio Marchi. A crescente tensão entre as partes se intensificou após a recente Copa do Mundo de Clubes ocorrida nos Estados Unidos, evento que a FifPro argumenta ter negligenciado a saúde dos atletas diante de um calendário sobrecarregado.
Em resposta às acusações, a Fifa relatou suas ações para proteger os jogadores: criação de um fundo de garantia salarial, estabelecimento de um tribunal gratuito com decisões obrigatórias, e propostas de melhorias para jogadoras. Garcia enfatizou que essas iniciativas são de origem da Fifa, e não da FifPro, reforçando que a Fifa mantém sua disposição para o diálogo. Em dificuldade estão questões como o tempo insuficiente de recuperação entre jogos e a falta de consenso sobre o modelo de negócios que, segundo a FifPro, desconsidera a recuperação física e mental dos atletas.

Quais foram as principais críticas da FifPro à Copa do Mundo de Clubes?
Durante a Copa do Mundo de Clubes, realizada em meio a condições desfavoráveis de clima e calendário, a FifPro reiterou sua crítica à Fifa por ter concebido um modelo de negócios que sacrifica a saúde dos jogadores em busca de rentabilidade. As preocupações giraram principalmente em torno das temperaturas elevadas e a necessidade de pausas durante os jogos devido ao clima adverso, situações que, segundo a associação dos jogadores, colocam ainda mais em risco o bem-estar dos atletas.
Como a Fifa pretende lidar com os desafios climáticos e de calendário?
Consciente dos desafios apresentados na Copa do Mundo de Clubes, a Fifa já estuda medidas para mitigar os problemas climáticos e garantir um espaço adequado de descanso para os jogadores em futuras competições. A Copa do Mundo de Seleções, marcada para 2026 nos Estados Unidos, é o próximo grande evento no calendário da Fifa, e a entidade está empenhada em evitar os percalços enfrentados previamente. A prioridade para a Fifa, de acordo com Garcia, é a saúde dos atletas.
A mesa de negociações entre a Fifa e a FifPro está aberta?
Apesar das tensões e diferenças, Emilio Garcia esclareceu que a Fifa permanece disposta a manter discussões construtivas com diversas entidades e sindicatos que representam os jogadores. Entretanto, a exclusão dessas discussões está fora de questão, já que a Fifa acredita que o isolamento não é a solução para os problemas enfrentados no futebol moderno. Manter uma agenda aberta ao diálogo é considerado essencial para a Fifa, que deseja uma abordagem colaborativa na resolução de temas críticos que afetam o cenário internacional do futebol.