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Eliminatórias para a Copa do Mundo

Dorival Júnior é apresentado como novo técnico da Seleção: ‘É do povo brasileiro’

Treinador assinou contrato até o fim da Copa do Mundo de 2026

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(Foto: Divulgação/CBF)

A CBF realizou na tarde desta quinta-feira (11), na sede da confederação, na Barra da Tijuca, a coletiva de apresentação de Dorival Júnior como novo técnico da Seleção Brasileira. Antes da conversa com a imprensa, o presidente Ednaldo Rodrigues e o treinador assinaram o contrato válido até o fim da Copa do Mundo de 2026.

“Hoje anunciamos o novo treinador da seleção brasileira, Dorival Júnior. Está neste momento consolidando projeto vitorioso para a Copa do Mundo de 2026. Contrato do período a partir de hoje e até pós-Copa de 2026.” – declarou Ednaldo.

Na sequência, nas primeiras palavras como comandante da Amarelinha, Dorival citou a emoção de chegar neste momento da carreira.

“É uma satisfação, estou sinceramente emocionado, depois de tudo que eu vivi, de tudo que eu passei. E principalmente nos últimos seis, sete anos, conseguindo vencer dois momentos de muitas dificuldades dentro da minha casa, do meu lar. A minha esposa com um câncer muito agressivo, logo em seguida eu também fui diagnosticado. Isso me fortaleceu ainda mais e pude repensar pontos da minha carreira. São praticamente 54 anos em que o futebol vive dentro da minha casa. Com seis anos de idade eu já vivia dentro do vestiário da Ferroviária de Araraquara. Meu pai era diretor de futebol. E aquilo me chamava atenção, já estava dentro daquele garoto.” – disse Dorival.

O treinador faltou sobre o tempo de carreira e os títulos conquistados que o levaram a ocupar o cargo de treinador da Seleção, além de citar Fernando Diniz, que estava no comando interino.

“Hoje completo 20 anos de treinador. Quatro a cinco anos parado nesse intervalo todo. 14 títulos alcançados, dois vice-campeonatos brasileiros, com o Santos em 2016 e com o Flamengo em 2018. É uma carreira para a qual me dediquei desde o início, de corpo e alma. Não imaginava que pudesse acontecer num momento como este, até porque um grande amigo meu aqui estava, o Fernando, por quem eu tenho um carinho e um respeito muito grande.” – disse.

UNIÃO PELA SELEÇÃO BRASILEIRA

Dorival destacou a responsabilidade de representar a seleção mais vencedora do planeta e afirmou que não será uma equipe dele, e sim do povo brasileiro. Além disso, pediu união de todo futebol nacional para recolocar o Brasil no caminho das vitórias.

“Hoje estou aqui representando a seleção mais vencedora do planeta, a que inspira muitos no mundo inteiro e tem obrigação de voltar a vencer. O futebol brasileiro é muito forte, se reinventa. Não pode passar pelo momento que está passando. Que sirva de lição para que possamos encontrar um novo caminho. Nós aprendemos com o futebol brasileiro o caminho da vitória. E precisamos reencontrar esse momento.” – afirmou, e prosseguiu.

“Estou aqui para fazer a primeira convocação: a do torcedor brasileiro. Que acredite mais na seleção, que viva mais a seleção. A partir de agora não é a seleção do Dorival, é a seleção do povo brasileiro. Precisamos entregar uma seleção confiável, que passe credibilidade a todos nós. E, num segundo momento, tão importante quanto, convoco todos os profissionais que fazem parte do futebol, que estejam envolvidos com futebol. O futebol precisa de cada um de vocês.”

CONFIRA OUTRAS RESPOSTAS:

Instabilidade política na CBF:

“O contato com o presidente Ednaldo foi no final de semana. Um prazer a uma satisfação poder chegar neste momento da minha carreira à frente da seleção. Sobre instabilidade política é um assunto em que eu não entro. Tenho a confiança do presidente para fazer meu trabalho daqui para frente, preparar a equipe, ganhar jogos e chegar numa Copa do Mundo que será muito disputada. Vou trabalhar neste sentido, me preparei muito para estar aqui. Tenho uma convicção muito grande que a seleção brasileira vai alcançar seus objetivos.”

Sobre fazer o “feijão com arroz”:

“Eu fico muito tranquilo. Todas as minhas equipes jogavam de uma forma diferente. Então esse feijão com arroz tinha sempre um tempero diferente de cada estado. Eu ajudei a salvar seis equipes grandes do rebaixamento. E cheguei a decisões importantes de competição. Não voltei três vezes ao Flamengo, duas ao Santos, duas ao São Paulo por acaso. Foi porque deixei algo plantado. Se foi um feijão, ou se foi um arroz, eu acho que agradei. E retornar é muito difícil. Em algumas eu havia ganho campeonatos, em outras não.”

Imagem arranha da Seleção Brasileira

“O mais importante é voltar a encontrar uma estrutura que facilite essa recuperação. Eu sei que foram resultados complicados, o momento foi complicado. Eu imagino o esforço que o Fernando tenha feito para encontrar soluções. Vamos fazer o melhor para encontrar um caminho. Vamos encontrar um equilíbrio e a partir daí termos outra conduta em busca da nossa classificação e de disputa direta de mais um título.”

Saída do São Paulo:

“Eu tinha meu contrato no São Paulo, todos os jogadores contratados foram com a concordância da diretoria. Nós montamos o São Paulo para que o treinador que chegar faça o que bem entender. São jogadores versáteis para termos elenco enxuto em condição de poder abastecer toda e qualquer situação.”

*em atualização

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