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Dorival Júnior não pretende usar atacante, declaração sobre rebaixamento e torcedor punido: as últimas notícias sobre o Corinthians
Os principais acontecimentos envolvendo o Corinthians nesta semana giram em torno de três temas centrais: a provável saída do atacante Héctor Hernández, as declarações do técnico Dorival Júnior sobre o risco de rebaixamento no Brasileirão e a condenação de um torcedor por arremessar uma cabeça de porco em clássico contra o Palmeiras.
Os episódios destacam a pressão crescente sobre o clube tanto dentro quanto fora de campo, com impacto direto no elenco, na torcida e na imagem institucional do Timão.
Héctor Hernández deve deixar o Corinthians
O atacante espanhol Héctor Hernández está com os dias contados no Corinthians. Fora dos planos do técnico Dorival Júnior, o jogador não demonstrou desempenho satisfatório em campo nem nos treinamentos, o que levou a diretoria a considerar sua saída como inevitável.
Com apenas dois gols e uma assistência em 24 partidas — sendo titular em apenas dez delas —, Hernández não conseguiu se firmar no elenco, mesmo com a ausência prolongada de Yuri Alberto.
A decisão da comissão técnica e diretoria tem respaldo na opinião da torcida, que demonstrou insatisfação nas redes sociais com o rendimento do jogador. Comentários críticos nas redes sociais reforçam o desejo coletivo por reforços mais qualificados para o ataque. A ausência de Hernández nas últimas dez partidas já indicava seu distanciamento dos planos do clube.
Com a iminente saída, o Corinthians volta suas atenções para o próximo jogo, contra o Vasco da Gama, em São Januário. O técnico Dorival já testa novas soluções ofensivas, como a recente estreia de Vitinho, elogiado pela capacidade de criação em pouco tempo de jogo. A reformulação no ataque simboliza uma tentativa de encontrar eficiência em um momento delicado da temporada.
O caso de Hernández reflete um movimento estratégico de curto prazo por resultados. Com uma campanha irregular e exigências cada vez maiores da torcida, o clube busca jogadores que entreguem performance imediata e ajudem na recuperação no Campeonato Brasileiro.
Dorival Júnior comenta risco de rebaixamento
O Corinthians vive uma fase turbulenta no Brasileirão, com seis partidas sem vencer e ocupando a 14ª colocação. A derrota recente para o Bahia, em plena Neo Química Arena, acendeu o sinal de alerta sobre o risco de rebaixamento. Em coletiva, o técnico Dorival Júnior afirmou que a equipe está totalmente focada na competição e negou qualquer tipo de negligência. “Nós nunca desligamos. Estamos atentos a tudo”, declarou o treinador.
Mesmo com o desempenho fraco, Dorival destacou que há compreensão e entrega por parte do elenco, mas os resultados não têm acompanhado esse esforço. Ele também reforçou que a equipe segue trabalhando para corrigir falhas e variar as formações. O foco, segundo ele, é manter-se competitivo em todas as frentes, incluindo a Copa do Brasil, onde o time se sai melhor.
Apesar das dificuldades, o treinador vê perspectivas promissoras, especialmente nos torneios eliminatórios. Após eliminar o Palmeiras nas oitavas, o Corinthians encara o Athletico Paranaense nas quartas da Copa do Brasil. Dorival reconhece, porém, que é impossível conquistar todos os títulos ao mesmo tempo e defende uma administração inteligente de prioridades e elenco.
A fala do técnico deixa clara a pressão dupla enfrentada: livrar-se da ameaça de queda no Brasileirão enquanto mantém viva a esperança de título na Copa do Brasil. A estratégia do Corinthians, portanto, depende de ajustes pontuais e da recuperação imediata no campeonato nacional.
Torcedor condenado por arremessar cabeça de porco
Em um episódio polêmico que ganhou repercussão internacional, um torcedor do Corinthians foi condenado à prisão em regime semiaberto por arremessar uma cabeça de porco no gramado durante o clássico contra o Palmeiras, em novembro de 2024. A ação, considerada incitação à violência, levou Osni Fernando Luiz, de 36 anos, à Justiça, sendo condenado após contradições em seus depoimentos e pela existência de provas em vídeo.
O juiz responsável pelo caso, Fabrício Reali Zia, considerou a atitude como “contra a paz no esporte” e levou em consideração o histórico e a intenção do torcedor. A promotoria, representada por Daniela Hashimoto, sustentou que o ato buscava provocar tumulto em ambiente esportivo, enquanto a defesa alegou ausência de dolo. Mesmo assim, a Justiça entendeu que houve responsabilidade direta no episódio.
O Corinthians também foi penalizado pelo STJD com multa de R$ 80 mil, enquanto o Palmeiras foi multado em R$ 240 mil no primeiro turno do Brasileirão de 2025 após torcedores lançarem cabeças de galinha em resposta. O caso mostra como provocações em estádios, mesmo simbólicas, têm sido alvo de punições severas, numa tentativa de conter a escalada de violência simbólica entre torcidas.
Esse julgamento serve como exemplo do endurecimento da legislação esportiva no Brasil, onde a linha entre rivalidade e comportamento criminoso está cada vez mais bem definida. A punição visa preservar não apenas a integridade física, mas também a imagem das instituições envolvidas no futebol.