Esportes
Duas décadas depois, Brasil celebra novo ouro no Mundial de Taekwondo
Maria Clara Pacheco segue os passos de Natália Falavigna e conquista o título mundial em Wuxi, na China, após temporada histórica
Maria Clara Pacheco entrou para a história do taekwondo brasileiro na última sexta-feira (24). Aos 20 anos, a atleta conquistou o título mundial na categoria até 57kg em Wuxi, na China, duas décadas após Natália Falavigna conquistar o primeiro ouro do Brasil no Mundial de 2005, em Madri.
Hoje gestora esportiva do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Natália Falavigna acompanhou a delegação e destacou a trajetória de Maria Clara, que vive a melhor temporada da carreira. Este ano, a jovem esteve no pódio em sete competições, incluindo dois títulos em etapas de Grand Prix.
“Principalmente nesse ano, ela deu um salto de performance incrível. Foi um ano muito bom, em que ela ganhou tudo o que disputou. A Maria é uma atleta excepcional, com potencial imenso. A conquista dela retrata toda a entrega dela e da equipe nos treinamentos”, declarou Natália.
Desde que começou a competir na categoria adulta, Maria Clara teve ascensão rápida: bronze no Mundial de 2023, participação nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, onde parou nas quartas de final, e agora o ouro mundial, que garantiu sua liderança no ranking olímpico e mundial da modalidade.

Na final do Mundial, Maria Clara iniciou com vitória por 2 a 0 sobre a portuguesa Leonor Correia, seguida de triunfo sobre a espanhola Laura Rodriguez Marquina (2 a 1) e a norte-americana Faith Dillon (5 a 0), garantindo pelo menos a medalha de bronze. Na semifinal, superou a chinesa Luo Zongshi, campeã mundial de 2022, por 4 a 0, e avançou à decisão.
A final marcou a segunda disputa da temporada contra a sul-coreana Kim Yu-jin, já enfrentada por Maria Clara na final do Grand Prix em Muju, vencida pela brasileira. Na luta pelo ouro, Maria Clara manteve estratégia e concentração, mesmo enfrentando punições no segundo round, e consagrou sua temporada histórica.
Natália Falavigna ressaltou também o impacto da conquista na equipe: “É muito legal ver como ela passa a ser referência para a equipe brasileira, espalhando energia positiva para o grupo. Fico feliz que o ano da Maria foi coroado com essa medalha de ouro, porque mais do que nunca, ela merecia.”