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Copa do Brasil

Em desvantagem! Fluminense perde para o Atlético-MG e larga atrás nas quartas de final da Copa do Brasil

No Mineirão, Tricolor precisará vencer por dois gols de diferença para ir à semifinal

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Fluminense perdeu por 2 a 1 para o Atlético-MG pelo jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil
(Foto: Lucas Merçon/Fluminense)
Fluminense perde por 2 a 1 para o Atlético-MG pelo jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil

(Foto: Lucas Merçon/Fluminense)

Saiu atrás! Em atuação inconsistente e com novos erros defensivos, o Fluminense não fez o dever de casa, perdeu para o Atlético-MG por 2 a 1, nesta quinta-feira (26), no Estádio Nilton Santos, pelo jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil, e largou em desvantagem nesta fase da competição de mata-mata – na volta, marcada para o dia 15 de setembro, no Mineirão, o time das Laranjeiras precisará vencer por dois ou mais gols de diferença para avançar à semifinal, na qual poderá enfrentar São Paulo ou Fortaleza. Nino (contra) e Hulk fizeram a favor da equipe do técnico Cuca e Fred, tornando maior artilheiro do torneio, ao lado de Romário, descontou, de pênalti.

No primeiro tempo, o Tricolor repetiu os mesmos erros de quando era dirigido por Roger Machado e teve dificuldades para criar jogadas, enquanto assistia ao Galo em seu campo de defesa. Os visitantes, por outro lado, com mais posse e controle das principais ações, dominou a maior parte da etapa e impôs várias situações de perigo aos cariocas. No início, os donos da casa até tentaram pressionar, só que sem sucesso. Logo depois, os mineiros tomaram as rédias da partida e ditaram o ritmo, com naturalidade. Aos 7 minutos, Hulk armou boa chance: Fred perdeu para Zaracho, que ligou no camisa 7 no contra-golpe. O atacante avançou, tendo Nacho do lado, mas tentou o chute da entrada da área e o arremate saiu longe e por cima do travessão.

Na sequência, o time das Laranjeiras chegou a responder a investida adversária, aos 10. Luiz Henrique recebeu pelo meio e arriscou de média distância. A bola terminou indo no meio da baliza, ficando tranquila para a defesa de Everson. Entretanto, a aparente reação não passou de uma ilusão e o Atlético-MG não demorou muito para abrir o placar. Aos 13, Vargas cruzou, Luccas Claro desviou e a sobra para Nacho, que emendou para a meta A conclusão parou em Nino, ao tentar cortar, porém, acabou mandando contra o próprio patrimônio. O juiz não havia dado o gol e, em seguida, com o auxílio das imagens do VAR, confirmou o tento.

Apesar de ter inaugurado o marcador, o Galo não deixou cair o volume ofensivo e continuou em cima do Fluminense. Aos 19, a equipe do técnico Cuca progrediu, Savarino, aberto pela faixa direita, fez o cruzamento e Guga surgiu ao cabecear firme, nas redes pelo lado de fora. Mesmo assim, Marcos Felipe pulou e estava lá para evitar a ampliação da vantagem no Nilton Santos. Já o Tricolor, no prejuízo, a essa altura, tentava diminuir os espaços no setor defensivo e bloquear os arranques em velocidade dos pontas atleticanos.

Aos 29, em rara chegada perigosas dos mandantes, quase o empate: em batida de falta pela esquerda, Lucca encontrou Nino próximo à marca da cal. O zagueiro raspou a bola, de cabeça, e obrigou Everson a trabalhar, fazendo boa defesa em dois tempos. Depois dessa tentativa, os cariocas ganharam confiança e foram mais ao ataque. As possibilidades foram surgindo e, aos 39, surtiu efeito. Isso porque Guilherme Arana chutou o próprio camisa 33 dentro da área e o árbitro da partida, novamente com a ajuda da tecnologia de vídeo, assinalou penalidade máxima. Na cobrança, Fred chamou a responsabilidade e converteu no canto esquerdo, deslocando o goleiro ao direito. O centroavante, inclusive, tornou-se o maior artilheiro da história da Copa do Brasil, junto a Romário, com 36 gols feitos.

Entretanto, a alegria tricolor de alcançar a igualdade parcial no Rio de Janeiro durou pouco. Os mineiros não se abateram com o tento de pênalti e, antes da fim da etapa, passaram a ficar na frente de novo, em falha de marcação dos donos da casa. Nos acréscimos, em um contra-golpe rápido armado pelos visitantes, Hulk viu Nacho sozinho, tabelou com o argentino, saiu na cara de Marcos Felipe e, ao ver o arqueiro se abaixar, tocou por baixo de suas pernas, com enorme tranquilidade e categoria, fazendo 2 a 1 e recolocando os comandados de Marcão em desvantagem.

Na volta do intervalo, o jogo não apresentou as mesmas emoções e criatividade de construção de jogadas em relação aos 45 minutos anteriores. O confronto começou a se tornar bastante truncado e de lançamentos, deixando o duelo menos atrativo e técnico. Mas quem assustou de início foi o Atlético-MG, com Nacho. Aos 4, o meia ajeitou pela intermediária, virou o corpo e arrematou forte, só que sem pontaria, jogando direto pela linha de fundo. Pouco tempo depois, aos 14, Guilherme Arana apareceu bem para arriscar e acertar a zaga em cheio.

Perto dos 25, ambas as equipes, já que a partida encontrava-se igual em termos de controle das ações, tiveram uma oportunidade cada de balançar a rede. A primeira veio dos pés de Fred, que aproveitou bom cruzamento feito por Samuel Xavier, subiu mais alto que todo mundo e acabou cabeceando para fora. Na sequência, foi a vez de o Galo responder e assustar os tricolores. Muito participativo na subida, Arana arrancou próximo à quina da área, aparou com a canhota e fuzilou, para linda espalmada de Marcos Felipe.

A partir daí, não houve praticamente nenhuma chance clara de gol, a não ser uma bola de Fred mandada no travessão da baliza defendida por Everson, aos 31. No lance, o artilheiro ganhou a disputa aérea com o paraguaio Júnior Alonso, testou quase que de costas e levou perigo ao arqueiro mineiro. Aos 43, Nenê, entrando na vaga de Yago Felipe, ainda teve a possibilidade de empatar. André fez ótima jogada, progrediu e achou o camisa 77 livre. Ele tentou a finalização, porém, Zaracho surgiu na hora certa, em uma espécie de carrinho, para cortar, impedir a igualdade e garantir a vitória do Atlético-MG no Nilton Santos.

Agora, apesar do resultado negativo, o Fluminense terá de virar a chave da Copa do Brasil e voltar as atenções e o foco novamente ao Campeonato Brasileiro. Posicionados em 16° lugar, com 18 pontos na tabela de classificação, os cariocas irão pegar o Bahia, na segunda-feira (30), às 19h, no Maracanã – o estádio deve ser liberado após passar por reforma do gramado -, pela 18ª rodada da Série A. Os nordestinos, inclusive, estão uma posição acima do clube do Rio de Janeiro, mas com a mesma pontuação. Dessa forma, o compromisso é considerado fundamental para o Tricolor, justamente por ser um adversário direto na luta contra o Z-4.

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