Esportes
Ex-árbitro é preso após ser acusado de estar envolvido na máfia das apostas
A operação resultou na prisão do ex-árbitro D'Guerro Batista Xavier, de 46 anos, em João Pessoa
A Polícia Civil de Goiás, em colaboração com a Polícia Civil da Paraíba, deflagrou a Operação Jogada Marcada com o objetivo de desarticular um esquema de manipulação de resultados em partidas de futebol, tanto nacionais quanto internacionais. A operação resultou na prisão do ex-árbitro D’Guerro Batista Xavier, de 46 anos, em João Pessoa. Ele foi detido em sua residência, no bairro Funcionários II, durante o cumprimento de um mandado de prisão temporária e um mandado de busca e apreensão.

D’Guerro já havia sido afastado da arbitragem profissional após ser investigado na Operação Cartola, em 2018, que apurou fraudes no futebol paraibano. Apesar de estar fora dos quadros oficiais, ele continuava atuando em competições amadoras e mantinha contatos no meio esportivo. A investigação atual é conduzida pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC), de Goiânia, e aponta a participação de D’Guerro em um grupo suspeito de manipular resultados de partidas da Série B do Campeonato Brasileiro e do Campeonato Angolano.
Como Funcionava o Esquema de Manipulação?
O grupo, conhecido como Árbitros da Propina, é suspeito de manipular resultados para beneficiar apostadores. As investigações indicam que as manipulações envolviam transações bancárias com jogadores de diversos estados brasileiros e de clubes internacionais. A operação cumpriu sete mandados de prisão temporária e nove mandados de busca e apreensão em seis estados: Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Paraíba e Pernambuco.
Em João Pessoa, a ação contou com o apoio de policiais civis de Goiás, que acompanharam o cumprimento dos mandados. A operação visa desmantelar a rede de corrupção que afeta a integridade das competições esportivas e prejudica a confiança dos torcedores.
Quais as Consequências para os Envolvidos?
O ex-árbitro D’Guerro Xavier, em entrevista à TV Cabo Branco, negou qualquer envolvimento nos crimes investigados e afirmou desconhecer o motivo de sua prisão. A Polícia Civil ainda não divulgou detalhes sobre quais partidas teriam sido manipuladas nem os valores envolvidos nas negociações. D’Guerro será interrogado, e as informações colhidas serão enviadas à equipe de investigação em Goiás.
Ele deve permanecer preso por até cinco dias na Central de Polícia Civil de João Pessoa, prazo previsto para a prisão temporária. Caso surjam novos elementos na apuração, a polícia poderá solicitar a conversão da prisão para preventiva, o que poderia prolongar sua detenção enquanto as investigações continuam.