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Exclusivo: Afonsinho revela emoção por títulos do Botafogo e critica calendário

Ídolo e campeão com o Glorioso falou com a Super Rádio Tupi sobre o grande momento do clube

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Afonsinho (Foto: Fabio Rossi/O Globo)
Afonsinho (Foto: Fabio Rossi/O Globo)

Um dos maiores ídolos do Botafogo, Afonsinho foi, nas últimas semanas do ano, um alvinegro tão comum quanto milhões em todo o Brasil. Ele assistiu, emocionado, à reta final do Campeonato Brasileiro e à decisão da Copa Libertadores, ambos que terminaram com conquistas para o clube de General Severiano. Foram títulos que recolocaram o clube em um patamar elevado como há muito não se via. Hoje, com 77 anos, o velho ídolo botafoguense não deixou de se comover com os feitos da equipe atual. Ele falou com exclusividade à Super Rádio Tupi sobre os momentos que viveu.

Afonsinho está se recuperando de uma operação no quadril, realizada em novembro. Mesmo assim, não deixou de vibrar e até considera que esteja com o coração em dia, diante das emocionantes decisões envolvendo o Glorioso. Acompanhando as partidas pela TV em sua casa, na Ilha de Paquetá, o craque de 150 jogos, 13 gols e 12 títulos no Bota considera que este é mesmo um dos momentos mais importantes do clube. Justamente ele, um dos maiores vencedores de todos os tempos com a Estrela Solitária no peito.

“Estou aí, caminhando pela vida, me recuperando, mas está indo bem, felizmente. Vamos ver se dá para, pelo menos, brincar um altinho”, brincou Afonsinho, numa entrevista dada ao Super Futebol Tim 5G.

Leia abaixo a entrevista completa com Afonsinho:

Comemorar dois títulos em uma semana

Foi um período intenso. A intensidade é a palavra de ordem do momento, no futebol. E sobrou para a torcida também. Foi muita coisa acumulada em pouco tempo, da maneira como foram as várias partidas decisivas em um espaço de tempo curto. Principalmente a decisão da Libertadores, foi um teste cardíaco mesmo. E eu que não sou tão assim, quando chegou perto do final, dos últimos 15 minutos, falei: ‘opa, será que eu vou ter alguma coisa aqui, algum piripaque?’. Porque a coisa foi muito exigente. E as características também foram muito curiosas, quer dizer, tudo que o torcedor torcia aconteceu o contrário. Tinha um bom cenário, o Botafogo num bom momento e tal, melhor do que o Atlético, no caso, mas decidir em um jogo pode dar qualquer coisa. E aquela história da expulsão com menos de um minuto, quer dizer, aí como é que o torcedor se comporta? Pensa que vai ter que segurar até onde der e vai ter aquele desespero, o outro time vai pressionar, é muito tempo com um jogador a menos… E aí, quando você está esperando o time se defender, o primeiro tempo acaba com 2 a 0. Quer dizer, é difícil de explicar, não tem como, mas felizmente foi para o nosso lado.

A montanha-russa de emoções

Aí, começa o segundo tempo, a gente é que teria que se resguardar para evitar gols e tal, quer dizer, a torcida é qual? É evitar de tomar gol. Pois não é que dá a saída e tomamos o gol? Tudo ao contrário, até acabar. Mas, quando você também ficava torcendo para acabar o jogo com aquele resultado, não queria saber nem pensar em acabar daquele jeito. Aí, vai o Botafogo e ainda fecha com gol, como foi também o final do jogo com São Paulo, que é o da conquista do Brasileiro. O jogo estava meio chato, deixando o tempo correr, mas é muito melhor para o torcedor, que está ali vibrando, ganhar o jogo do que empatar e poder comemorar com a vitória. Então, foi uma coroação mesmo, tudo em sequência e relacionado, tudo da mesma maneira, foi muito bom.

É um dos melhores períodos da História do Botafogo?

Acompanhando a História, o Botafogo teve alguns períodos. A fase do Brasil bicampeão, de 1958 a 1962, foi riquíssimo. E, depois, o período seguinte, que eu tive a felicidade de participar, entre 1965 e 1970, também foi, ou mais um pouco até. Ainda tivemos o time campeão brasileiro de 1995. E, agora, esse período. Dificilmente, algum time tem, no mesmo grupo, jogadores como Nilton Santos, Didi e Garrincha, desse nível de expressão. Eu acho que só o Santos pode ter se aproximado. Talvez, os grandes clubes da Europa, que hoje comandam o futebol aí, não sei lá se o Real Madrid tem, que é o clube mais poderoso historicamente. Mas esse período agora que a gente está vivendo é extraordinário. Se tornou uma unanimidade que é o futebol que todo mundo quer ver. Todo mundo, nesse momento, tem o fator carência. E a gente vive um momento de carência muito grande no nosso futebol. Então, tem esse contraste.

Quais jogadores mais se destacam no time atual?

Eu vejo assim, o time está muito bem organizado em todos os sentidos. É muito bom ver o time e jogadores que se destacam. Todos, para chegar onde chegaram, têm qualidade e destaque. Alguns jogadores se destacam muito, como o (Alexander) Barboza. É um zagueiro com habilidade de meio-campo, de atacante. Joga onde estiver no campo, pode ser até na pequena área. É o que interessa sobretudo, a questão física e tudo. O Luiz Henrique é extraordinário. Acho importante você ter um jogador assim, que dribla, ter um jogador assim como o Garrincha, que é ofensivo, o cara que pega a bola e vai para cima. Porque é isso: se você dribla um ou dois, você praticamente equilibra a relação numérica, né? Senão, fica só naquele desenho tático previsto. É aí que o improviso, a criatividade acima de tudo, é o que mobiliza e emociona. Em última análise, é o que faz a paixão pelo esporte, no nosso caso, o futebol.

A importância do legado das conquistas atuais

Tem até um dito aí: ‘é tempo de Botafogo’. O clube tem um período como esse, que estamos atravessando agora, de alto nível. Esse momento é muito importante, quando estamos às portas do Mundial de Clubes de 25. Mas esse de agora (2024) é uma atropelada, que é um negócio também que a gente pode conversar, sobre o assunto do momento, que é calendário. É um absurdo sair do campo para viajar direto lá para o Qatar e essa história toda aí. Mas, no fim, é a melhor coisa que podia acontecer. Porque o clube é obrigado a melhorar para se manter, competindo no maior nível. É uma motivação e até uma situação oportuna em que é preciso evoluir, melhorar, para se manter no primeiro nível. Acho que isso foi o grande ganho dessas vitórias desse período.

O que acha de John Textor?

Se a gente olhar, assim, através do tempo, é sempre uma competição. E com os valores que essas competições carregam, todo mundo procura ganhar. Então, isso custa dinheiro, ora de uma determinada origem, ora de outra forma. E os clubes precisam procurar onde está o melhor financiamento do momento para concorrer entre si. E, no caso, como já tem outras fontes, agora é esse período da SAF, o que está posto aí. O Botafogo foi muito feliz de ter sabido escolher. Um investidor com esse espírito aí, com essa capacidade que tem o Textor, a torcida agradece muito. Então, acho que esse momento é o da SAF e, agora, temos que acompanhar os clubes todos, das várias séries. Porque é um risco muito grande. Para nós, felizmente, foi bem encaminhado, estamos no que, nesse momento, é o melhor caminho. O Botafogo soube escolher e a gente vê a torcida gritando e apoiando. Em última análise, quem sustenta tudo, independente de qualquer sistema econômico, político, financeiro, é o torcedor. O valor maior é o torcedor, sempre.

Botafogo novamente no cenário mundial

Talvez o ganho maior dessas conquistas agora, desse período que estamos vivendo, seja exatamente isso. Quer dizer, entrar no rol das equipes mais valorizadas no momento pelo mundo. O que obriga, favorece e até cria condições do clube se motivar para crescer, melhorar. E, até com as premiações, com tudo, ter condição de avançar. Acho que o ganho maior é esse. E quanto às disputas que o calendário permitia, anteriormente, com as excursões, havia torneios todo ano. Você começava o ano com excursão, tinha torneio em Buenos Aires, em Lima, no México, na Venezuela. Aliás, o interessante é que ultimamente tem jogadores venezuelanos de alto nível. Nós temos um aqui no Botafogo, que é o Savarino, e por aí, em vários clubes, jogadores venezuelanos destacados. Sendo que, antigamente, praticamente não havia futebol na Venezuela. O que acontecia é que era um país produtor de petróleo, então a moeda era muito valorizada. Havia clubes de colônia, de pessoas que iam para lá trabalhar com petróleo, de países que tinha tradição de futebol. Tinha o Deportivo Itália, o Galícia, vinham de países que tinham futebol e com um poder aquisitivo muito grande. Eram eles que patrocinavam esses torneios. A gente jogava contra a seleção da União Soviética, na época, Barcelona, Santos. Eram as grandes equipes do mundo. E, no México, tinha torneios também desse nível. Aí, foi mudando o calendário com o tempo, pois hoje o maior problema do futebol é o calendário. Isso que está acontecendo agora com o Botafogo, é criminoso. E já alguma coisa vai ter que acontecer porque as reações são muito grandes. O Ancelotti (técnico do Real Madrid) já se manifestou, o Rodri (Bola de Ouro), já propôs uma paralisação. E o Ancelotti diz que, de qualquer maneira, ia dar férias, uma intertemporada para os jogadores pois era impossível cumprir esse calendário. Para mim, o grande problema desse momento é isso, perdeu-se a noção de tempo mesmo.

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