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Fifa aprova tecnologias de arbitragem após testes no Mundial de Clubes
A introdução dos dispositivos de gravação no uniforme dos árbitros, popularmente conhecidos como “ref cams”, trouxe perspectivas inéditas não só para o público, mas também para os próprios profissionais da arbitragem
Na edição mais recente da Copa do Mundo de Clubes, promovida pela Fifa em 2025, três inovações nas arbitragens chamaram a atenção: o uso de câmeras corporais pelos árbitros, a implementação da nova regra dos oito segundos para goleiros e a adoção de um sistema avançado de impedimento semiautomático. Essas novidades provocaram discussões no cenário futebolístico e mostraram impactos relevantes na condução dos jogos.
A introdução dos dispositivos de gravação no uniforme dos árbitros, popularmente conhecidos como “ref cams”, trouxe perspectivas inéditas não só para o público, mas também para os próprios profissionais da arbitragem. Além de captarem imagens que mostram o ponto de vista do juiz, esses equipamentos têm servido como ferramenta de treinamento e aprendizado, colaborando para uma maior transparência nas decisões tomadas dentro de campo.

Como as câmeras corporais transformam o trabalho da arbitragem?
A principal vantagem da câmera corporal é a possibilidade de registrar exatamente aquilo que ocorre sob a ótica do árbitro. Este recurso tecnológico permite que lances controversos sejam posteriormente analisados a partir do mesmo ângulo do juiz, facilitando a compreensão do público sobre decisões que muitas vezes geram debate. No Mundial de Clubes, por exemplo, houve situações em que a ref cam evidenciou obstáculos visuais que impediram o árbitro de detectar infrações em tempo real, auxiliando a equipe do VAR a intervir com base em informações mais completas.
Qual o impacto da nova regra dos oito segundos para goleiros?
Anteriormente, os goleiros tinham até seis segundos para repor a bola em jogo, com punição de tiro livre indireto em caso de descumprimento do tempo. Em 2025, a Fifa experimentou uma nova abordagem, estipulando o limite máximo de oito segundos. Se superado esse tempo, a penalidade passou a ser um escanteio para o time adversário. Segundo membros do Comitê de Arbitragem, a alteração garantiu mais dinamismo ao jogo e foi respeitada pela maioria dos goleiros, já que poucos precisaram ser advertidos ou penalizados durante o torneio.
- O objetivo principal da mudança era assegurar maior fluidez ao espetáculo, desestimulando a chamada “cera”, prática em que o goleiro retarda propositalmente a partida.
- A nova regulamentação também busca uniformizar as punições e tornar o jogo mais justo para os atacantes.
- Números recentes indicam que poucas infrações foram cometidas, revelando que a adaptação foi bem-aceita.
Impedimento semiautomático avançado: como funcionou na prática?
O Mundial de Clubes também presenciou a utilização de uma versão aprimorada do impedimento semiautomático, sistema que utiliza sensores e tecnologias de rastreamento para identificar possíveis irregularidades com mais precisão e agilidade. A ferramenta foi elogiada por reduzir drasticamente o tempo de análise dos lances, evitando longas interrupções e aumentando a credibilidade das decisões. Com isso, as equipes conseguiram ajustar rapidamente suas táticas, sabendo que qualquer posição irregular seria detectada quase instantaneamente.
- A tecnologia integra dados de posicionamento dos jogadores em tempo real, utilizando câmeras especiais e inteligência artificial.
- Quando detectado o impedimento, o árbitro recebe o alerta em poucos segundos, agilizando a aplicação da regra.
- Os recursos visuais também auxiliam na explicação das decisões após a partida.