Brasileirão Feminino Sub-17 começa às escuras

Começou nesta quarta-feira o Campeonaro Brasileiro Feminino sub-17. São 12 equipes na disputa, divididas em três grupos. A competição nada mais é, que o Brasileiro feminino sub-16. Para o ano de 2022, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), estendeu a faixa etária para que mais meninas pudessem usufruir da oportunidade. Entretanto, a competição organizada, promovida e custeada pela CBF parece sigilosa. Em primeiro lugar, o campeonato não está tendo transmissão como em 2021. Além disso, a Confederação não divulgou informações sobre a competição.

O próprio site da CBF (cbf.com.br) não tem nenhuma notícia da disputa que ela mesmo organizou. No ano anterior, a entidade fez declarações que 2022 seria O ano do futebol de mulheres. Prometeu um calendário mais amplo, novas competições e um suporte maior a modalidade. Porém, apesar de algumas dessas mudanças terem sido feitas, elas não receberam a estrutura necessária.

Promover uma competição de base exige muitas coisas. Uma delas é a possibilidade de ser vista. Jogadoras em formação precisam, além de muitas outras coisas, serem vistas. Afinal, às oportunidades não vão surgir se elas jogarem às escuras. Ao não transmitir a competição e não disponibilizar informações acerca de uma competição de grande importância, a CBF abafa a modalidade.

As competições de base deveriam ser vistas com mais respeito e atenção da confederação. Afinal, o futuro da modalidade está ali. Se torcedores, jornalistas, olheiros, dirigentes, marcas, investidores e até parentes não tiverem onde ver o desempenho dessas jogadoras, como elas terão um futuro num esporte que parece ser jogado e levado a sério apenas por homens, enquanto as mulheres são apenas meras participantes?