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Futebol Feminino

Gio Queiroz acusa Barcelona de abuso psicológico

Promessa do futebol feminino divulgou uma carta nas redes onde denuncia abusos por parte de diretor do clube espanhol

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GIOVANA QUEIROZ

Jogadora de 18 anos chegou ao Barcelona em 2020 (Foto: reprodução)

A atacante Giovana Queiroz publicou nesta terça-feira (29), uma carta aberta ao presidente do Barcelona, onde faz denúncias sobre conduta abusiva que sofreu após ela começar a defender a camisa da seleção brasileira. A jogadora de 18 anos chegou ao time em 2020, atuou por duas temporadas e foi emprestada ao Levante em 2021 para ganhar rodagem.

Devido ao bom desempenho no futebol europeu, Gio ganhou vaga na seleção principal e esteve presente nas Olimpíadas de Tóquio 2020. Na carta, a atleta diz que o clima desde sua chegada ao time Catalão era maravilhoso e sua animação também, mas depois da primeira convocação para seleção brasileira a situação se transformou. “Primeiro recebi indicações de que jogar pela seleção brasileira não seria o melhor para o meu futuro dentro do clube. Apesar do desagradável e persistente assédio, não dei muita importância e atenção ao assunto. Com o tempo, as investidas começaram a serem realizadas através de outros mecanismos de pressão dentro e fora do clube”, relata Giovana.

GIOVANA QUEIROZ

Nas olimpíadas ela esteve na lista de suplentes da técnica Pia. (Foto: reprodução)

Sob a justificativa de ter entrado em contato com alguém infectado com a Covid-19, Giovana foi submetida a um confinamento “ilegal” pelo serviço médico do clube. “Como a ordem médica era contrária ao protocolo sanitário, contatei diretamente a secretaria de saúde da Catalunha e pedi esclarecimentos. A resposta foi clara e contundente: meu caso não era e nem poderia ser considerado como contato segundo o protocolo” e ela completa “Não podia treinar e nem ter uma rotina normal. Estava devastada.” Após cumprir a quarentena e ser liberada pela FIFA, Gio viajou com a seleção brasileira para os Estados Unidos. A jogadora ainda destaca que a todo o momento realizou testes contra a Covid e que todos deram negativo. Ao retornar para o Barcelona ela alega ter sido acusada de uma grave indisciplina por um diretor que ela preferiu não identificar.

“Senti um enorme vazio. Não tenho força para lutar por meus direitos. A partir desse momento minha vida mudou para sempre. Estive completamente exposta a situações humilhantes e vergonhosas durante meses dentro do clube. Estava claro que ele queria buscava destruir minha reputação, minar minha autoestima, degradar minhas condições de trabalho, subestimar minhas condições psicológicas. O fato de ser menor não parece ter sido um impedimento, um dilema moral para meu agressor. Certamente ele agiu com o sentimento de impunidade, que teve a proteção de sua posição dentro do Barcelona”, diz Giovana.

No fim da carta, Giovana Queiroz diz que o Barcelona não é responsável direto pelas condutas abusivas denunciadas e sim um diretor específico, mas espera que o clube cumpra com seu papel institucional e atue de maneira transparente na investigação e tomada de atitude frente as denuncias efetuadas. Lembrando que a atleta tem cidadania espanhola e americana, chegou a atuar nas seleções de base dos países, mas escolheu defender a seleção brasileira, onde ela sempre gosta de destacar que é um sonho sendo realizado.

GIOVANA QUEIROZ

Um dos pontos que Gio mais destaca é estar ao lado de grandes nomes do futebol brasileiro. (Foto: reprodução).

 

GIOVANA QUEIROZ

Giovana ganhou o prêmio “Samba Gold”, dado ao jogador brasileiro destaque no exterior. (Foto: reprodução).

Confira a carta: 

 

 

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