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Governo peruano impõe toque de recolher em Lima e partida do Flamengo pode ser afetada; entenda

Medida foi tomada após os protestos recentes por conta da alta no preço do combustível e alimentos; Conmebol ainda não se pronunciou

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De olho na estreia, Flamengo realizou treinamento em Lima na última segunda-feira
(Foto: Marcelo Cortes/Flamengo)
De olho na estreia, Flamengo realizou treinamento em Lima na última segunda-feira

Foto: Marcelo Cortes/Flamengo

A estreia do Flamengo na Libertadores, marcada para esta terça-feira (05), 21h3o, contra o Sporting Cristal, do Peru, no estádio Nacional de Lima, pode não acontecer por conta dos protestos que tomaram conta do país nas últimas horas. Diante da instabilidade, o governo peruano determinou toque de recolher em Lima, capital do país, onde o jogo seria disputado. A possível impossibilidade de realização da partida foi divulgada no começo desta terça por Félix Chero, Ministro da Justiça.

“Terá de ser remarcada. Não esqueçamos que em medidas excepcionais existem ações extraordinárias que devem ser adotadas. Um jogo de futebol não pode ter precedência sobre a tranquilidade do país” – diz a informação publicada pelo veículo, após a declaração de Félix.

Por mais que a intenção do governo peruano seja de remarcar o duelo entre as equipes, a Conmebol ainda não se manifestou sobre a situação: se vai simplesmente aceitar a decisão local, tentar reverter ou transferir o jogo de local, o que será decidido ao longo do dia.

Após o vice-campeonato Estadual, a delegação rubro-negra embarcou para Lima na noite do último domingo. Na última segunda-feira, os jogadores finalizaram a preparação para essa partida na capital peruana.

Sem Arrascaeta e com Fabrício Bruno como dúvida, ambos lesionados, o técnico Paulo Sousa não revelou qual time mandar a campo. O goleiro Santos, inclusive, contratado recentemente, pode já ganhar a vaga como titular.

O duelo entre Flamengo e Sporting Cristal está marcado para o Estádio Nacional de Lima

Foto: Reprodução

Entenda a crise:

O toque de recolher foi imposto nas cidades de Lima e Callao, após uma greve parcial de motoristas, que provocaram bloqueio nas estradas na última segunda-feira. A medida, inclusive, vale para todo o período entre 2h e 00h, ou seja, o cidadão não pode sair de casa durante esse período. Ao todo, 10 milhões de habitantes serão afetados pela decisão.

Os protestos foram motivados pelo aumento dos preços do combustível, alimentos e dos pedágios, e se expandiram por várias regiões peruanas, como Piura, Chiclayo, La Libertad, Junín, Ica, Arequipa, San Martín, Amazonas, Ucayali, entre outras.

Por conta das manifestações, foram registrados incêndios em pedágios, bloqueio das estradas, saques em lojas e confrontos entre manifestantes e policiais. Tudo se repetiu por diversas partes do país. Esta foi a primeira greve enfrentada pelo Presidente Pedro Castillo, que assumiu o poder há oito meses.

No Peru, a tensão política, no entanto não é recente. Na última semana, Castillo conseguiu evitar um processo de afastamento pelo Congresso, onde os opositores o acusam de “falta de rumo” no governo e de permitir corrupção ao seu entorno. O país ainda tenta se recuperar dos prejuízos causados pela pandemia do coronavírus.

O toque de recolher, por sua vez, recebeu diversas críticas a partir do momento do seu anúncio, principalmente por ser imposto nesta terça, dia 05 de abril, data do 30º aniversário do autogolpe de Estado do ex-presidente Alberto Fujimori, preso atualmente, no dia 05 de abril de 1992.

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