Esportes
Hugo Calderano conquista prata histórica no Mundial de tênis de mesa
Brasileiro cai para Wang Chuqin na final, mas se torna o primeiro atleta fora da Ásia e Europa a disputar decisão
O brasileiro Hugo Calderano conquistou neste domingo (26) uma medalha de prata inédita no Mundial de Tênis de Mesa, realizado em Doha. Aos 28 anos, ele se tornou o primeiro atleta de fora da Ásia e Europa a disputar uma final individual do torneio, considerado o mais importante da modalidade depois dos Jogos Olímpicos.
Na decisão, Calderano enfrentou o chinês Wang Chuqin, atual número 2 do ranking mundial, e foi superado por 4 sets a 1 — parciais de 12/10, 11/3, 4/11, 11/2 e 11/7. Apesar da derrota, o brasileiro fez história para o esporte nacional ao garantir o melhor resultado do país em um Mundial.
O desempenho em Doha consolida Calderano entre os grandes nomes da elite mundial. Em abril, ele já havia surpreendido ao conquistar a Copa do Mundo, vencendo o número 1 do ranking, Lin Shidong, e derrotando o próprio Wang Chuqin na semifinal. Desta vez, no entanto, o chinês levou a melhor e manteve a hegemonia de 22 anos da China no torneio.
Antes desta edição, o melhor desempenho de Calderano havia sido nas quartas de final do Mundial de 2021. Para chegar à decisão este ano, o brasileiro superou nomes fortes como Liang Jingkun, An Jae-Hyun e Quadri Aruna.
Confira declaração de Calderano após o jogo:
O PROTAGONISTA FALA! 🗣️
— Time Brasil (@timebrasil) May 25, 2025
Após conquistar resultado histórico com o vice no Campeonato Mundial de Tênis de Mesa, em Doha, Hugo Calderano fez uma análise do jogo, do seu momento e fez agradecimentos. #TimeBrasil #TênisDeMesa pic.twitter.com/KJtA5THwdr
Campanha de Hugo Calderano no Mundial de Doha:
- 1ª rodada: 4×1 em Rogélio Castro (MEX)
- 2ª rodada: 4×0 em Wassim Essid (TUN)
- 3ª rodada: 4×2 em Kirill Gerassimenko (CAZ)
- Oitavas: 4×0 em Quadri Aruna (NIG)
- Quartas: 4×1 em An Jae-Hyun (COR)
- Semifinal: 4×3 em Liang Jingkun (CHN)
- Final: 1×4 para Wang Chuqin (CHN)
Mesmo sem o ouro, Calderano saiu consagrado. A medalha de prata é um marco histórico para o tênis de mesa brasileiro e reforça o protagonismo do atleta em um cenário dominado por asiáticos. “Wang é o melhor do mundo hoje”, reconheceu o brasileiro após a partida, reforçando o respeito ao rival e sua motivação para seguir buscando o lugar mais alto do pódio.