Campeonatos Estaduais
Jogo em São Paulo tem denúncia de racismo e prisão de torcedora
Criança de apenas 12 anos é alvo de ofensas e xingamentos em partida válida pelo Campeonato Paulista, na cidade de Guaratinguetá
Uma partida do Campeonato Paulista sub-12 sofreu paralisação, no domingo (19), devido a novo caso de racismo. Em Guaratinguetá, um atleta de apenas 12 anos afirmou ter sido vítima de ofensas de cunha racial por parte de uma torcedora. O caso aconteceu no duelo entre Manthiqueira e Corinthians, no Estádio Municipal Professor Dario Rodrigues Leite. Presente no local, a Polícia Militar deu voz de prisão à mulher, que não teve a identificação revelada.
A criança em questão, aliás, era do time da casa. Ao ouvir os xingamentos da corintiana vindos das arquibancadas, sentou no gramado e começou a chorar. O árbitro Guilherme Drbochlaw dirigiu-se até o jogador, ativando, na sequência, o protocolo antirracismo – gestual da letra X com os braços, na altura do peito – projetos de combate também existem no Rio. O juiz avisou as autoridades do confronto, responsáveis por detê-la em flagrante.

Na súmula do jogo, houve maior descrição das palavras proferidas pela torcedora, no momento das ofensas. “Sentar-se no campo de jogo, e aos prantos informar à equipe de arbitragem que a torcida identificada como a visitante, proferiu as seguintes ofensas direcionadas a ele: ‘Preto, filho da p***, sem família, vai tomar no c*!’”, diz o documento. Pouco antes, o grupo de torcedores do Timão já havia sido alertado sobre questões referentes à postura durante os 90 minutos.
“Informo que, durante a parada técnica do segundo tempo, atletas da equipe mandante relataram maus comportamentos da torcida visitante. Devido a isso, um funcionário do Sport Club Corinthians Paulista se dirigiu até sua torcida para instruí-la a um melhor comportamento”, frisa outro trecho da manifestação do árbitro.
Qual foi o desfecho da situação após o caso de racismo?
O juiz retomou o andamento da partida entre Manthiqueira e Corinthians logo depois da entrada do diretor do jogo e de policiais no gramado. No entanto, a criação de 12 anos, vítima do racismo, não teve condições de continuar e deu lugar a um companheiro. Já a mulher que cometeu o ato, por outro lado, teve sua liberdade provisória, com imposição de medidas cautelares após a prisão.
Acesse mais informações no site tupi.fm e no Twitter da Super Rádio Tupi. Confira também o canal de Youtube Tupi Esportes.