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Esportes

Jorge Salgado faz balanço sobre mandato como presidente do Vasco

Dirigente está na presidência do clube desde 2021

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Foto: João Pedro Isidro/Vasco

Eleito em 2020 para o triênio de 2021, 2022 e 2023, Jorge Salgado foi o presidente do Vasco no momento de grandes mudanças no interior do clube. Na gestão do dirigente, o Cruzmaltino teve 70% do seu futebol vendido para a empresa americana 777 Partners, problemas para jogar no Maracanã, avanço na reforma de São Januário e uma permanência na Série B.

Em entrevista à Rádio Tupi, Salgado fez um balanço sobre seu mandato como presidente do Vasco.

“A gente está terminando o mandato, estou entregando um clube bem melhor, um clube mais forte, um clube mais organizado, um clube com perspectivas futuras muito grandes. A gente está voltando ao cenário do futebol para competir com os clubes de ponta. A gente se estruturou, a gente separou o futebol da associação. A gente tem uma gestão altamente profissional hoje no futebol. Acho que vai ser a tendência de todos os clubes no Brasil brevemente.”

MARACANÃ

“A gente precisa voltar a jogar no Maracanã, o Maracanã é de todos, o Maracanã não pode ser um estádio do Flamengo e do Fluminense, o Maracanã foi construído com o dinheiro dos impostos dos cidadãos da cidade do Rio de Janeiro. O Vasco foi o primeiro clube a conquistar um título carioca no Maracanã, tem uma tradição no Maracanã, tem uma torcida imensa que frequenta o Maracanã, então o Vasco não pode ficar fora do Maracanã.”

“O primeiro grande erro foi sair do Maracanã. Maracanã é uma verdadeira mina de ouro. Eu estou deixando de jogar num estádio de 70 mil pessoas e jogo num estádio de 20 mil pessoas. Aí termina o campeonato, o adversário diz que é o maior público do Campeonato Brasileiro. Lógico que é o maior público, você joga para 70 mil pessoas e eu jogo para 20. Então, nada mais justo que a gente voltar para o Maracanã. E quero dividir o Maracanã com o Flamengo, com o Fluminense. Não estou querendo o Maracanã só para o Vasco. Não estou querendo expulsar o Flamengo e o Fluminense do Maracanã como eles expulsam o Vasco do Maracanã. Eles não deixam o Vasco entrar no Maracanã.”

“Por que eles mandam no Maracanã? Eles não investiram um centavo na construção do Maracanã, e eles se apossam do estádio como se fossem donos do Maracanã. É impressionante isso. Não entra na cabeça de qualquer pessoa sã. O Maracanã é de todos. Eu tentei algumas vezes, conversas com o Mário, com o Landim. Como faziam aí? Me dá dez, 15 jogos, Flamengo me dá sete jogos. O Fluminense me dá oito jogos e eu jogo com vocês no Maracanã. Faço 15 partidas no Maracanã. Não tem a desculpa que entrando mais um vai alterar o gramado, o número de jogos vai ser o mesmo, só que a divisão vai ser diferente.”

SÃO JANUÁRIO

“A gente aprovou um projeto aqui, a nossa diretoria, eu apresentei esse projeto para o Pedrinho, é um estádio totalmente diferente. Novo, moderno, com capacidade para 48 mil pessoas. Isso está encaminhado. Foram três anos de idas e vindas na prefeitura. O nosso prefeito Eduardo Paes foi uma figura fundamental do ponto de vista de apoio para viabilizar esse projeto.”

“A reforma de São Januário também é prioridade porque a gente precisa de um estádio novo pra poder competir de igual para igual contra todos esses times da primeira divisão que jogam em estádios de 45, 50, 60 mil pessoas. Então, a gente precisa de reformar São Januário.”

DÍVIDA

“Estou deixando a gestão, a presidência do Vasco, com a sensação do dever cumprido. A gente pegou Vasco numa situação muito difícil. Um Vasco na segunda divisão, uma dívida de um bilhão de reais, um faturamento de cento e poucos milhões de reais, sofrendo protestos e execuções a toda hora. Acabamos com isso. O Vasco hoje paga em dia seus fornecedores, paga em dia seus funcionários, recolhe em dia seus impostos. Então, a gente está entregando um novo Vasco. A nossa gestão foi a gestão da reconstrução do Club de Regatas Vasco da Gama.”

SAF

“Quando a gente tomou o conhecimento da aprovação da lei da SAF, a gente começou a estudar a lei internamente e chegamos a conclusão que era um caminho, poderia ser uma solução para a gente. E a partir do momento que a gente teve essa convicção, a gente preparou o clube do ponto de vista de processos internos, do ponto de vista de melhoria de processos, contratamos a KPMG e depois disso fizemos um book contando a história do Vasco e projeções dos próximos dez anos de receita, e a gente enviou para mais de 60 investidores internacionais do mundo inteiro. Recebemos 27 pedidos de vista e informações a respeito desse projeto, e no final ficaram praticamente três ou quatro interessados efetivamente, mas desde o início entre esses quatro havia uma vontade muito grande da 777 de assumir o Vasco. Por conta disso, a gente acha que obteve boas vantagens na negociação, tanto pra nós quanto pra eles.”

“A gente separou o futebol e tornamos o futebol profissional. Com uma gestão altamente profissional, competente, ficamos ainda sócios de 30%. Vamos ter uma injeção de capital grande no Vasco e eles ainda se responsabilizam pela nossa dívida.”

“A gente não vendeu o barato não, a gente vendeu pelo preço justo, foi um preço equilibrado tanto para nós quanto para eles. Toda a transação, apesar da gente estar naquele momento da negociação numa situação fragilizada, a gente usou números de projeções de Série A, de anos em que o Vasco estaria competindo na Série A. Não usamos números de Série B para negociar com eles. Ao contrário, a gente utilizou números de Série A, projeções muito acima daquilo que a gente faturava naquele momento. Eles acreditaram no projeto, eles acreditam na nossa história, sabem do potencial da nossa torcida. Então, eu acho que foi uma negociação muito boa, tão boa que não houve nenhuma negociação até hoje melhor que a nossa.”

ESPORTES OLÍMPICOS E BASQUETE

“Os esportes olímpicos, logo que eu assumi, a gente teve que fazer uma restruturação financeira muito grande. Cortei muito custo, inclusive desativei o basquete naquela época porque o basquete tinha um custo relativamente elevado e não gerava nenhum tipo de receita, não tinha auto sustentação. Então, a primeira coisa que a gente fez e definiu no esporte olímpico é que a gente teria os esportes olímpicos que fossem sustentáveis. Isto é, tivessem algum tipo de parceria ou patrocínio, e eu sempre tive também como objetivo, assim que pudesse, retomar o basquete, porque o basquete está no coração do vascaíno também. A gente conseguiu, com grande sucesso, um patrocínio bastante relevante, e a gente formou o time de basquete, que é um sucesso em termos de audiência na Vasco TV.”

“O esporte olímpico hoje compete em várias modalidades, mas não drenam um centavo do caixa do clube. Isso é importante enfatizar porque esse é o modelo de gestão que a gente instaurou aqui.”

Pedrinho assume a presidência do Vasco na segunda-feira (22), em cerimônia de posse realizada na Sede Náutica da Lagoa.

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