Justiça arquiva processo contra Ryan Lochte depois de denúncia falsa de assalto na Rio 2016

O processo contra o nadador Ryan Lochte, que denunciou um falso assalto durante as Olimpíadas de 2016, foi arquivado pela Justiça do Rio de Janeiro. Na época, a Polícia Civil indiciou o atleta e um colega por falsa comunicação de crime. O processo contra o atleta passou do prazo legal, em 30 de junho.

Inicialmente, Lochte havia dito que sofreu um assalto ao voltar de táxi para a Vila Olímpica após saírem de uma festa. Depois de analisar depoimentos de testemunhas e um vídeo, a polícia concluiu que não houve roubo.

Posteriormente, Lotchte afirmou que mentiu e pediu desculpas.

Na decisão, a Justiça destacou que o prazo de trâmite do processo expirou e determinou o arquivamento.

De acordo com as investigações, o grupo vandalizou um banheiro de um posto de gasolina e foi impedido de sair do local pelos seguranças, que queriam obrigar os atletas a pagarem pelos prejuízos. Os nadadores confirmaram que estavam bêbados.

Lochte, em seguida, confirmou que mentiu sobre o caso e pediu desculpas. No aeroporto, em um mural no Galeão, turistas americanos pediram desculpas pelo comportamento de Lochte.

O nadador foi indiciado em 2016 pelo crime de falsa comunicação. Prevista no artigo 340 do código penal, o crime significa “provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado”. A pena para este crime é de detenção de um a seis meses ou multa.

Se amigo, James Feigen, também foi indiciado, mas fez um acordo para pagar R$ 35 mil em multa e deixar o país.

Ryan Lochte tentou se classificar para as Olimpíadas de 2021, mas não conseguiu a vaga para disputados os Jogos de Tóquio. Após a realização da Rio 2016, ele participou de realitys shows nos Estados Unidos.