Esportes
Leila Pereira provoca flamenguistas ao usar o termo “Terraflamistas”
A Libra busca modernizar o futebol brasileiro.
A discussão em torno da Liga Brasileira, conhecida como Libra, ganhou um novo capítulo com declarações da empresária Leila Pereira, presidente do Palmeiras. Recentemente, em meio a negociações e debates sobre a composição da liga, Leila fez uma declaração polêmica, ironizando os dirigentes do Flamengo ao chamá-los de “terraflamistas”.
A expressão, criada para criticar o que ela percebe como uma tendência de alguns dirigentes de favorecer o Flamengo, reacendeu os debates entre os grandes clubes brasileiros sobre a influência e o poder dentro da administração da liga.
A formação da Libra tem sido um tema central nos bastidores do futebol nacional
A ideia é criar uma liga independente, de forma semelhante às grandes ligas europeias, que teria a missão de gerir campeonatos, negociar direitos de transmissão e atrair investimentos. Contudo, o projeto enfrenta desafios consideráveis, especialmente em relação à distribuição de receitas e ao equilíbrio de poder entre os clubes participantes.
Além disso, é importante lembrar que a Libra não é a única iniciativa: a Liga Forte Futebol (LFF) também reúne clubes, o que amplia as divergências e dificulta um consenso nacional sobre a criação de uma liga unificada.
Quais são os principais desafios da Libra?
Desde sua concepção, um dos maiores desafios enfrentados pela Libra é a definição de um modelo de governança que seja considerado justo por todos os clubes envolvidos. A questão da divisão de receitas está no centro das discussões, já que clubes de maior expressão, como Flamengo e Palmeiras, defendem uma fatia maior baseada na receita que geram e no tamanho de suas torcidas, enquanto clubes médios e menores buscam uma distribuição mais equilibrada.
As propostas em debate incluem modelos mistos, que levam em conta cotas fixas, desempenho esportivo e audiência em transmissões. Além disso, o tema da transparência e do equilíbrio nas decisões estratégicas permanece como ponto sensível.

O que está em jogo para os clubes na formação da Libra?
Para os clubes, a formação da Libra representa uma oportunidade significativa de aumento de receita e projeção internacional. A liga busca atrair patrocinadores e investidores interessados no mercado brasileiro, impulsionado por uma das torcidas mais apaixonadas do mundo.
A potencial melhoria na organização e na qualidade dos campeonatos também pode resultar em um produto mais atrativo para transmissões nacionais e internacionais, garantindo, no longo prazo, maior sustentabilidade financeira para todos os participantes.
Como o futebol brasileiro pode se beneficiar de um modelo de liga independente?
A criação de uma liga independente, como a Libra, poderia aproximar o futebol brasileiro dos modelos de governança adotados em países como Inglaterra, Espanha e Alemanha, onde as ligas são fortes, bem geridas e capazes de maximizar receitas sem perder qualidade esportiva. Um modelo semelhante no Brasil poderia representar avanços no aspecto financeiro e na competitividade, fortalecendo os clubes de elite e dando novo impulso ao desenvolvimento das categorias de base.
No entanto, as desigualdades históricas entre os clubes tornam difícil alcançar um equilíbrio comparável ao das ligas estrangeiras. O sucesso da Libra dependerá da capacidade de superar divergências políticas e econômicas e de construir um consenso entre clubes com realidades muito distintas. O futuro do futebol brasileiro passa pela união dessas instituições em torno de um objetivo comum, que priorize o desenvolvimento do esporte acima de rivalidades e interesses particulares.