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Números do Al-Hilal impressionam e desafiam o Fluminense no Mundial
Embora considerada uma das defesas mais sólidas da competição, a equipe árabe concede um alto volume de finalizações aos adversários
A expectativa em torno do confronto entre Fluminense e Al-Hilal nas quartas de final da Copa do Mundo de Clubes tem mobilizado atenção de torcedores e analistas. Os dois times entram em campo nesta sexta-feira, e a análise dos números recentes lança luz sobre estratégias e possíveis fragilidades do time saudita, que podem ser decisivas para o desempenho da equipe brasileira nesta fase do torneio.
O atual elenco do Al-Hilal desperta interesse não apenas pelo investimento expressivo em contratações desde 2023, mas também pela postura equilibrada em campo. Embora considerada uma das defesas mais sólidas da competição, a equipe árabe concede um alto volume de finalizações aos adversários, panorama que tem se repetido nas partidas deste Mundial.

Como funciona a defesa do Al-Hilal?
Durante sua trajetória recente, o Al-Hilal mostrou-se resistente mesmo diante de uma avalanche de chutes contrários. Números indicam que o time sofreu 73 finalizações desde o início da competição, resultando em uma média de mais de 18 tentativas adversárias por partida. O goleiro Bono desempenhou papel central nesse cenário, realizando intervenções decisivas e mantendo a equipe competitiva diante de ameaças diversas, inclusive contra clubes de alto nível como Real Madrid e Manchester City.
Apesar do volume de chutes, apenas quatro gols foram sofridos até agora, demonstrando a resiliência defensiva e a capacidade de resposta de sua última linha. Esses gols revelam que não há um padrão pré-definido: metade deles veio em jogadas aéreas e os outros em lances rasteiros, desafiando a previsibilidade tática. Contudo, o Al-Hilal não costuma ceder contra-ataques com frequência, evidenciando disciplina e organização mesmo em momentos ofensivos.
Quais atletas se destacam no setor ofensivo?
No ataque, Marcos Leonardo e Rúben Neves chamam a atenção pelo envolvimento direto nas jogadas que resultaram em gol. O centroavante brasileiro lidera a artilharia do grupo, enquanto o meio-campista português desempenha papel diversificado, alternando entre assistências e finalizações decisivas. Estas participações reforçam a necessidade de atenção redobrada por parte da equipe tricolor na contenção dessas peças, uma vez que sua influência pode alterar o andamento do placar.
O time mostra predileção por explorar bolas alçadas na área, com quatro dos sete gols da campanha resultando desta estratégia. Ainda assim, a eficiência ofensiva não é das mais altas: o Al-Hilal necessita, em média, de pouco mais de sete finalizações para balançar as redes, desempenho abaixo de outras equipes sobreviventes no torneio. O Fluminense, no entanto, apresenta índice ainda menor nesse quesito.
Mapa da mina: onde o Fluminense pode explorar vulnerabilidades?
A análise estatística revela que o principal desafio do Al-Hilal reside nos espaços deixados no setor defensivo, sobretudo diante de ataques persistentes. A quantidade elevada de chutes sofridos sugere que, mesmo diante de uma defesa bem estruturada, existem brechas a serem exploradas, particularmente em jogadas que exigem resiliência dos zagueiros e do goleiro.
- Bolas aéreas ainda representam um calcanhar de Aquiles em momentos cruciais, já que metade dos gols sofridos pelo Al-Hilal tiveram origem nessas situações.
- A defesa apresenta bom número de desarmes – foi a segunda que mais efetuou cortes no torneio até aqui, atrás apenas do Real Madrid.
- Organização tática dificulta contra-ataques, forçando equipes adversárias a criar alternativas para superar o bloqueio e converter oportunidades em gols.
O elaborado sistema defensivo não impede, porém, a ocorrência de brechas, principalmente quando pressionado seguidamente ou em jogadas de bola parada. Assim, a aposta em infiltrações rápidas e aproveitamento de rebotes pode se mostrar um diferencial, desde que os atacantes mantenham precisão nas conclusões e posicionamento estratégico dentro da área adversária.