Campeonato Brasileiro
Parecer da CBF emite decisão sobre polêmico gol de Vegetti no jogo entre Vasco e Sport
Trio de ex-árbitros diz que decisão de Wilton Pereira Sampaio ao validar lance foi acertada
O Comitê Consultivo de Especialistas Internacionais (CCEI) elaborou parecer sobre o segundo gol de Pablo Vegetti no jogo entre Vasco e Sport, no sábado (12). A CBF divulgou o documento, que classifica o lance como interpretativo por parte da arbitragem. Ou seja, segundo o órgão, a jogada foi legal, sem infração clara do atacante.
Aos 41 minutos do primeiro tempo, após já ter balançado a rede aos 32, o camisa 99 aproveitou cruzamento de Nuno Moreira e anotou o 2 a 0, em São Januário. No entanto, disputou a bola com o zagueiro Lucas Cunha, do Leão do Recife. Durante a briga por espaço, a mão do argentino tocou no rosto do adversário, motivo pelo qual os visitantes alegaram falta. O VAR chamou, mas Wilton Pereira Sampaio manteve a decisão de campo, validando o tento.
O parecer do CCEI, formado pelos ex-árbitros Nicola Rizzoli, Néstor Pitana e Sandro Meira Ricci, chega a admitir que Vegetti empurrou o defensor rival em dado momento.
“O atacante do Vasco/RJ usa o braço direito, na busca por espaço e referência. Mas também, acaba por empurrar seu adversário nas costas, resvalando no rosto, antes de cabeceá-la. Esse movimento tende a dificultar a possibilidade do defensor do Sport/PE de realizar o salto e, consequentemente, disputar a bola”, diz trecho do documento, que continua em seguida.
“Importante ressaltar que a dinâmica da partida, em situações de disputas aéreas na área, deve ter critério e uniformidade. E, sendo assim, caso essa jogada envolvesse um cenário reverso entre defensor, disputando com o atacante, da forma que as imagens reproduzem, a interpretação dos elementos poderia levar a uma conclusão de não infração. Ou seja, não penal”, completa a análise.
Críticas ao VAR
Na vitória do Vasco por 3 a 1, muitos torcedores do Sport criticaram bastante a postura do VAR na partida. Afinal, Caio Max Augusto Vieira, que estava no comando da equipe da cabine, não mostrou ângulo de câmera que pegasse a disputa de frente entre Vegetti e Lucas Cunha. Assim, Wilton Pereira Sampaio não viu a mão do argentino no rosto do brasileiro.
Na checagem do árbitro principal, as atenções estavam voltadas para a região dos quadris e costas dos jogadores. Com possível infração por baixo e, até mesmo, sem a visão totalmente aberta por parte do juiz no gramado. O Leão do Recife, porém, afirma que a falta aconteceu justamente no toque agressivo do centroavante na parte superior do corpo do defensor.