Presidente da CBF se pronuncia sobre impedimento semiautomático

A Confederação Brasileira de Futebol terá novidades significativas a partir de 2026. O presidente da entidade, Samir Xaud, confirmou que o futebol nacional contará com o uso do impedimento semiautomático nas competições organizadas pela CBF, incluindo o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil.

Xaud assumiu a presidência da CBF em maio deste ano, após substituir Ednaldo Rodrigues. Desde então, tem destacado a modernização da arbitragem como um de seus principais objetivos. Para ele, a chegada do novo sistema representa um marco tecnológico para o futebol no país.

“É um investimento alto que a CBF vai fazer. Ano que vem teremos sim, o impedimento semiautomático no Brasileiro e na Copa do Brasil. Queremos que seja a melhor arbitragem do mundo”, declarou o presidente durante participação no programa Seleção SporTV.

Em entrevista ao podcast Toca e Passa, do Jornal O Globo, Xaud acrescentou que o projeto já está em fase de estudo e implementação. Segundo ele, além de trazer modernidade, a medida busca valorizar a formação continuada dos árbitros, reforçando a credibilidade dos campeonatos nacionais.

“Estamos caminhando com o estudo para implementação do impedimento semiautomático a partir do ano que vem. A gente quer trazer a modernidade e trazer a educação continuada para dentro da arbitragem para a gente estar melhorando o nível dos nossos árbitros e dando mais uma lisura a mais para os nossos campeonatos”, explicou.

Ainda que a implantação esteja prevista para a próxima temporada, o dirigente ponderou que não há data exata para a estreia da tecnologia. De acordo com ele, a capacitação dos árbitros será fundamental antes da estreia oficial. “Estamos estudando a data de início, porque a gente tem que capacitar a arbitragem também, então tem todo um processo que vem antes de dizer a gente falar: ‘Eu não sei se vai ser para competição A, qual competição vai começar’. Mas em 2026 nós teremos, sim, o impedimento semiautomático”.

O mandatário também destacou que todos os custos da adaptação dos estádios para a tecnologia serão arcados pela própria CBF. A previsão é que as arenas utilizadas na Série A estejam devidamente equipadas para receber o sistema, sem impacto sobre clubes ou venda de mando de campo.

Além do debate sobre a arbitragem, Xaud reafirmou sua posição em defesa dos campeonatos estaduais, que seguem no calendário do futebol brasileiro. Ele confirmou que, em 2026, os torneios terão 11 datas, número inferior às 16 utilizadas em 2025, mas ressaltou que não há qualquer intenção de extingui-los.

“É essencial que os times joguem os estaduais. Sou a favor dos estaduais. Não há nenhuma possibilidade, pelo menos na minha gestão, de acabar com os estaduais. Os estaduais são os torneios que fomentam o futebol raiz, principalmente nas federações menores. O que nós queremos é fortalecer ainda mais os estaduais, não acabar. Sou um defensor dos estaduais e, em todo meu mandato, vou continuar com essa postura”, afirmou.