Esportes
Presidente de patrocinadora máster do Flamengo é afastado
Decisão judicial é fruto da Operação Compliance Zero, deflagrada pela PF; clube liga alerta
Paulo Henrique Costa, presidente do BRB, patrocinadora oficial do Flamengo, foi afastado do cargo nesta terça-feira (18), após ação da Polícia Federal. A decisão se deu de maneira judicial no âmbito da Operação Compliance Zero, que apura a emissão e a negociação de títulos de crédito falsos no sistema financeiro.
Além do afastamento, houve também a prisão de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, e outros quatro diretores: Luiz Antônio Bull, Alberto Felix de Oliveira Neto, Ângelo Antônio Ribeiro da Silva e Augusto Ferreira Lima.. A deflagração da operação aconteceu também nesta terça.
Por mais que não vá se pronunciar sobre o caso, o Flamengo está com o alerta ligado. A situação preocupa o Rubro-negro, que, por outro lado, se vê resguardado a quebrar o contrato sem prejuízos, se assim for necessário.
O diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que o esquema de fraudes financeiras pode chegar a R$ 12 bilhões.
Há indícios de que o esquema teria a participação de dirigentes do Banco de Brasília (BRB) – que é um banco público do DF. Em março, o BRB chegou a fechar um acordo para comprar o Banco Master, mas o negócio foi barrado pelo Banco Central.
Paulo Henrique Costa está nos Estados Unidos, segundo informou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).

Em nota, o BRB informou que “sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência, prestando regularmente informações ao Ministério Público Federal e ao Banco Central do Brasil sobre todas as operações relacionadas ao Banco Master”.
Flamengo e BRB acumulam parceria de cinco anos
A parceria entre Flamengo e BRB começou em 2020, com um contrato inicial de três anos pelo espaço máster da camisa. O valor mínimo inicial era de R$ 32 milhões por ano. Em 2023, o clube renovou por seis meses por cerca de R$ 22,5 milhões. Em 2024, o Conselho Deliberativo aprovou a ampliação do contrato, mas a empresa já estampava o espaço da omoplata da camisa. O acordo é válido até abril de 2026, pagando R$ 25 milhões por ano.