Em entrevista exclusiva à Super Rádio Tupi, o Procurador Geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) Ronaldo Piacente comentou sobre os casos de jogadores envolvidos em escândalos de apostas esportivas. O jurista garantiu que o tribunal está analisando cada caso, em parceria com o Ministério Público de Goiás, e vai apresentar denúncias contra os atletas citados.
“A procuradoria do STJD está muito atenta. Nós estamos analisando o caso a caso está havendo um trabalho de colaboração com Ministério Público de Goiás que está nos encaminhando todo o material da denúncia das provas do que isso é muito importantes, para que a procuradoria do STJD na esfera desportiva ela possa eh encaminhar as suas denúncias também. Eu quero alertar os atletas que tomem cuidado, porque vão ser denunciados e vão ser condenados”, enfatizou o Dr. Piacente.
Questionado sobre quais penas os atletas podem pegar, em caso de condenação, Ronaldo Piacente citou dois artigos que serão utilizados como base das denúncias: o 243 e o 243 A. O primeiro fala em atuação do atleta de forma que ele prejudique a equipe que defenda. Já o segundo trata da atuação “contra a ética desportiva” com a finalidade de “influenciar o resultado da partida”.
“No 243, ele pode ser punido com uma multa de R$100 mil e também pode ser suspenso de 180 a 360 dias. Se este atleta cometeu a infração recebendo o pagamento ou a promessa de alguma vantagem, a suspensão já parte de, no mínimo, 360 dias podendo chegar até 720 dias, também com multa de R$ 100 mil. E em caso de incidência, esse atleta pode ser eliminado. O 243 A fala de uma suspensão de 6 a 12 partidas e também uma multa de R$100 mil. Se alcançado o resultado pretendido, no caso de atuar de forma contrária a ética esportiva, a multa também prevalece de R$100 mil e a suspensão é majorada de, no mínimo, 12 a 24 partidas”, comentou o Procurador do STJD.
O Dr. Piacente fez um apelo para que os atletas não se envolvam com grupos de apostadores que praticam o aliciamento de jogadores. O Procurador lamentou ainda que os casos estejam acontecendo em todas as divisões do Campeonato Brasileiro.
“Que esses atletas coloquem a mão na consciência, que eles pensem antes de cometer um ato ilícito, porque receber R$50 mil é um valor que não compensa. Afinal, nenhum ato ilícito compensa, nenhum valor recebido ilicitamente compensa. São R$50 mil em troca da profissão desse atleta, da carreira deste atleta, da imagem desse atleta. Quero aproveitar a oportunidade para dizer a esse atleta que coloque a mão na consciência, pense nele, pense na carreira, pense na família, pense no clube, que é o seu meio sustento, para que não cometa (o ato ilícito), como está acontecendo, infelizmente, na Série A, B, C, e D do Campeonato (Brasileiro)”, concluiu o Ronaldo Piacente.
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