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Procuradoria faz denúncia e Fluminense pode perder três pontos por caso de racismo no Fla-Flu; entenda

Tricolor é enquadrado no artigo 243-G após denúncia do procurador André Valentim; julgamento, que ainda será marcado, pode definir campeão da Taça Guanabara

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Fluminense pode perder três pontos por conta de racismo
Foto: Reprodução
Fluminense pode perder três pontos por conta de racismo

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A Procuradoria do Tribunal de Justiça do Rio (TJD-RJ) decidiu denunciar o Fluminense pelo caso de racismo, durante o Fla-Flu do dia 6 de Fevereiro, no Estádio Nilton Santos, quando o Tricolor venceu por 1 a 0. O clube das Laranjeiras foi enquadrado no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que fala em “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”. O documento deve ser homologado nesta sexta-feira e o julgamento ainda será marcado.

Na ocasião, o atacante Gabigol, do Flamengo, ao descer as escadas para o vestiário do Estádio Nilton Santos, ao final da partida, foi hostilizado por torcedores do Fluminense. Um deles, chamou o jogador rubro-negro de “macaco”. O caso acabou sendo captado pelas Tv. Após a partida, o atleta desabafou nas redes sociais, questionando “Até quando? Até quando isso vai acontecer sem punição? Jamais vou me calar, é inadmissível que passemos por isso!! Orgulho da minha raça, orgulho da minha cor!! #RacismoNão” – disse a publicação do camisa 9. Ele já prestou depoimento ao TJD-RJ sobre o caso, mas não foi à polícia.

O artigo 243-G prevê como pena multa de R$ 100 a R$ 1 mil para o clube, além da perda de três pontos “caso a infração seja praticada simultaneamente por considerável número de pessoas vinculadas a uma mesma entidade de prática desportiva”. Diante da possibilidade da perda dos pontos, o procurador André Valentin, que foi quem fez a denúncia, também entrou com um pedido para que o troféu da Taça Guanabara não seja levado para o Estádio Raulino de Oliveira, neste sábado. Se vencesse, o Fluminense já garantiria o título simbólico, de maneira antecipada, por terminar a primeira fase na primeira colocação. A ideia é que a taça não seja entregue ao Tricolor até a homologação do resultado do Fla-Flu.

O inquérito aberto pela presidente do TJD-RJ, Renata Mansur, para apurar o caso, ainda não foi encerrado, mas só a denúncia feita pela Procuradoria já garante a realização do julgamento. Enquanto, o Flamengo encomendou um laudo que confirmou os gritos racistas contra Gabigol, o Fluminense contratou uma perícia com o objetivo de identificar o possível autor do grito, e a conclusão foi não ser possível cravar que a ofensa racista foi proferida ou identificar o autor da fala.

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