Esportes
River Plate quer estrela do Estudiantes, mas negociação do volante é travada
Estudiantes resiste à venda de volante ao River por rivalidade
O interesse do River Plate em Santiago Ascacíbar reacendeu debates no mercado da bola argentino e colocou sob os holofotes a relação tensa entre o clube de Núñez e o Estudiantes de La Plata. O volante, hoje com 28 anos, é considerado peça-chave no esquema do time de La Plata, acumula liderança e regularidade, e desperta a atenção de clubes do Brasil, da MLS e de ligas europeias de médio porte, o que torna a negociação complexa e disputada.
Mercado da bola e o interesse do River Plate em Santiago Ascacíbar
A movimentação em torno de Ascacíbar ilustra o modelo atual de negociações sul-americanas. O volante se consolidou no Estudiantes como capitão, após passagem por Stuttgart, Hertha Berlin e Cremonese, o que reforça seu valor esportivo e de mercado.
Do lado do River Plate, o interesse é antigo. Marcelo Gallardo acompanha o desempenho do meio-campista desde a Europa e vê nele um clássico “camisa 5”, capaz de proteger a zaga, organizar a saída de bola e dar equilíbrio ao time. Em um planejamento que mira 2026, a contratação é tratada como estratégica, mesmo com o alto custo e a tensão política envolvida. Nos bastidores, analistas destacam que o perfil intenso e competitivo de Ascacíbar se encaixa no estilo historicamente adotado pelo River em sua zona de meio-campo, reforçando a ideia de um projeto esportivo de longo prazo.
Fatores que influenciam a negociação de Santiago Ascacíbar
No mercado da bola argentino, transações entre rivais são cercadas de cautela e exigências extras. No caso de Ascacíbar, o Estudiantes fixou um piso de 5 milhões de dólares, deixando claro que esse valor é apenas o ponto de partida, amparado em contrato até dezembro de 2027.
Para tornar a negociação mais flexível, a diretoria analisa formatos que preservem o potencial de valorização futura do atleta. Nesse contexto, a possibilidade de incluir cláusulas de revenda surge como alternativa para conciliar receita imediata e ganho em uma futura transferência internacional, algo cada vez mais comum no futebol sul-americano como forma de proteger ativos e manter participação em negociações futuras.
- Contrato longo: vínculo até 2027 dá grande poder de barganha ao Estudiantes.
- Perfil do jogador: capitão, identificado com o clube e com títulos conquistados.
- Mercado externo: sondagens de Brasil, MLS e ligas europeias mantêm o preço em alta.
- Rivalidade esportiva: venda para o River Plate exigiria valor superior ao estipulado.
Relação entre River Plate e Estudiantes e impacto no mercado da bola
A postura rígida do Estudiantes não se explica apenas por critérios financeiros, mas também pelo histórico recente de atritos públicos com o River Plate. Declarações polêmicas de dirigentes e divergências em negociações anteriores ampliaram a distância institucional entre os clubes.
Quando a diretoria de La Plata afirma que “não vai reforçar quem disputa os mesmos títulos”, indica claramente que evitará fortalecer um concorrente direto. Assim, propostas de clubes estrangeiros tendem a ser priorizadas, mesmo que apenas ligeiramente superiores às ofertas internas, já que a rivalidade pesa tanto quanto os números. Esse tipo de posicionamento reforça uma tendência no mercado argentino: clubes médios e grandes buscam monetizar ao máximo seus ativos, mesmo que isso signifique negociar prioritariamente com o exterior para não desequilibrar a competição doméstica.
Situação de Santiago Ascacíbar em meio ao assédio do mercado da bola
Enquanto River Plate, Estudiantes e outros interessados se movimentam, Ascacíbar tenta manter o foco em campo e na campanha do Estudiantes no Torneio Clausura. Publicamente, o volante reforça o compromisso com o clube atual e adia qualquer definição de futuro para depois do fim da competição.
Os próximos passos dessa história no mercado da bola tendem a seguir um roteiro relativamente previsível, mas ainda sujeito ao apetite financeiro de clubes estrangeiros e à pressa do River em definir o elenco para 2026. Em cenários traçados por especialistas, um leilão silencioso entre clubes do Brasil, dos Estados Unidos e de ligas europeias pode elevar o preço final acima do piso inicial, especialmente se o jogador mantiver o bom desempenho e indicadores físicos e táticos favoráveis.
- O River Plate deve formalizar uma oferta logo após o término do Clausura.
- O Estudiantes analisará apenas propostas à vista, a partir de 5 milhões de dólares.
- Clubes dos Estados Unidos e do Brasil monitoram a situação e podem entrar na disputa.
- Caso não surja uma oferta considerada adequada, a permanência em La Plata até pelo menos meados de 2026 ganha força.