Botafogo
Sindeclubes vai pedir penhora de empréstimo feito pela 777 partners; entenda
Entidade entende que empréstimo-ponte feito pela 777 partners faz parte da corrente mensal líquida; clube discorda

Foto: João Pedro Isidro/Vasco
O Sindicato dos Empregados em Clubes, Federações e Confederações Esportivas e Atletas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro (Sindeclubes) pretende pedir a penhora de 20% do empréstimo-ponte recebido pelo Vasco da 777 partners. A entidade deseja que, dos R$ 70 milhões recebidos inicialmente pelo clube, R$ 14 milhões sejam destinados para o pagamento do Regime Centralizado de Execuções (RCE).
Depois de praticamente receber um ultimato da Justiça visando a regularização das contas com o RCE, o Vasco depositou, nesta semana, a parcela de fevereiro do RCE e discorda da posição do Sindeclubes. No ofício peticionado na ação que corre no Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-1), declarou que sua receita corrente mensal líquida foi de R$ 6.331.237 e, portanto, depositou R$ 1.266.247 (20%) em juízo.
O valor enviado pela 777 partners não foi incluído na planilha, mas, como foi depositado na conta do clube, na última sexta-feira (04), o sindicato enxerga a situação como parte da corrente mensal líquida. O Sindeclubes vai esperar até o pagamento de março e, se o valor entendido (R$ 14 milhões) não forem repassados, a ação contra o Vasco deve ser movida.
Sem se pronunciar oficialmente sobre a situação, ao ge, o Vasco revelou como enxerga o movimento.
“Empréstimo não é receita da atividade. A lei é clara no sentido de que os 20% são sobre a ‘receita corrente mensal’. Empréstimo tem que ser pago. Portanto, é inconfundível com a receita, que advém do exercício da atividade econômica e pertence ao clube”.
Recentemente, o Sindeclubes tentou a mesma ação contra o Botafogo, que também recebeu um empréstimo-ponte por conta da venda da sua SAF. O sindicato solicitou a penhora dos mesmos 20% dos R$ 50 milhões emprestados inicialmente por John Textor. Ainda não houve uma decisão do TRT sobre o assunto. A tendência é de que o que for decidido no caso do Botafogo também aconteça no processo do Vasco.