Crise explode: Sport tem energia cortada na Ilha do Retiro por dívida

O Sport tem energia cortada na sede da Ilha do Retiro após acumular dívidas que ultrapassam R$ 266 mil em contas de luz. O desligamento ocorreu na manhã desta segunda-feira e expõe mais um capítulo da grave crise financeira que atinge o clube pernambucano, rebaixado antecipadamente na Série A do Brasileirão.

Dívidas acumuladas e valores em atraso

De acordo com documentos divulgados, o Rubro-Negro deixou de pagar três faturas de energia elétrica. Uma delas, no valor de R$ 89.119,35, venceu em 17 de novembro deste ano. Outras duas, de R$ 126.912,72 e R$ 50.955,11, estão pendentes desde 16 de outubro de 2023 e 16 de março de 2023. Somados, os débitos ultrapassam R$ 266 mil apenas na sede.

Apesar do cenário delicado, o clube confirmou o atraso, mas afirmou que já iniciou um acordo para regularizar a situação e religar o serviço. Segundo nota oficial, a concessionária Neoenergia começou imediatamente o processo de restabelecimento da energia.

Sport tenta garantir religação imediata

A Neoenergia, por sua vez, informou que houve renegociação das dívidas e que a religação seria feita o mais rápido possível. O Sport reforçou que acionou a empresa ainda pela manhã e que aguarda apenas os trâmites técnicos para normalizar o fornecimento no estádio.

Com isso, mesmo diante da crise, o clube tenta evitar que as atividades administrativas fiquem totalmente comprometidas.

Crise financeira afeta salários e rotina do clube

Além das contas de energia atrasadas, o Sport enfrenta salários pendentes de jogadores, comissão técnica e funcionários. A última folha quitada — e ainda assim com atraso — ocorreu no fim de outubro, referente ao mês de setembro. Já os direitos de imagem e o pagamento de outubro seguem completamente em aberto.

Segundo o diretor geral, Enrico Ambrogini, a intenção da gestão é deixar “tudo em linha” até o dia 5 de janeiro, data prevista para a saída antecipada do presidente Yuri Romão, que prometeu entregar o clube com as contas regularizadas.

Centro de Treinamento também sofre risco

Além da sede, o CT José de Andrade Médicis, localizado em Paulista, também acumula débitos. São sete faturas pendentes, que totalizam cerca de R$ 271 mil, valor ainda maior que o registrado na Ilha do Retiro. Caso não haja negociação, o espaço também corre risco de ter o fornecimento suspenso.