O presidente do Haiti, Jovenel Moise, foi assassinado a tiros por agressores não identificados em sua residência na capital Porto Príncipe durante a noite, em “um ato desumano e bárbaro”, disse o primeiro-ministro interino do país, Claude Joseph, nesta quarta-feira (7). A esposa do presidente ficou ferida e foi hospitalizada.
Joseph afirmou que “um grupo de indivíduos não identificados, alguns dos quais falavam em espanhol, atacou a residência privada do presidente da República por volta da 1h e feriu mortalmente o chefe de Estado”.
O ataque ocorre em meio ao crescimento da violência política no país. Com o Haiti dividido politicamente e enfrentando crescente crise humanitária e desabastecimento de alimentos, há temores da disseminação da desordem.
Segundo o primeiro-ministro, “todas as medidas estão sendo tomadas para garantir a continuidade do Estado e proteger a nação”. Porto Príncipe vem sofrendo com um aumento da violência entre gangues e entre esses grupos e a polícia pelo controle das ruas.
A violência foi alimentada pelo aumento da pobreza e da instabilidade política. Moise enfrentou fortes protestos desde que assumiu a Presidência em 2017, com a oposição acusando-o, neste ano, de tentar impor uma ditadura ao ampliar seu mandato e se tornar mais autoritário. Ele negava as acusações.
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