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Ministério Público do Rio pede prisão preventiva da ex-deputada Flordelis

Na última quarta-feira (11), o plenário da Câmara cassou o mandato da pastora e cantora gospel por quebra de decoro

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Flordelis durante sessão da Câmara que cassou o mandato dela
Na última quarta-feira (11), o plenário da Câmara cassou o mandato da pastora e cantora gospel por quebra de decoro (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)
Flordelis durante sessão da Câmara que cassou o mandato dela

Na última quarta-feira (11), o plenário da Câmara cassou o mandato da pastora e cantora gospel por quebra de decoro
(Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) pediu, nesta sexta-feira (13), a prisão preventiva da ex-deputada federal Flordelis (PSD-RJ). Em agosto de 2020, ela e outras 10 pessoas foram denunciadas pelo assassinato, em 2019, do seu então marido, o pastor Anderson do Carmo. Na época, a pastora e cantora gospel não teve a prisão pedida por deter imunidade parlamentar. Porém, na última quarta-feira (11), o plenário da Câmara cassou o mandato de Flordelis por quebra de decoro.

“Com a perda do mandato de parlamentar, a situação jurídica da ré deve ser revista, para sanar a desproporcionalidade que havia entre as medidas cautelares impostas e os fatos imputados e as condutas que a ré praticou para interferir na instrução e se furtar no momento da aplicação da lei penal”, diz o pedido do MPRRJ encaminhado à 3ª Vara Criminal de Niterói.

No documento, o órgão público destaca que, ao longo de toda a persecução penal, ficou claro que a liberdade da ré colocava em risco tanto a instrução criminal quanto a aplicação da lei penal e que, mesmo sendo cabível e necessária sua prisão preventiva, a decretação só não foi possível devido à imunidade parlamentar. Cenário este que mudou com a publicação da perda do mandato  no Diário Oficial da Câmara na última quinta-feira (12).

O pedido de prisão do MPRJ relata também que, “além da gravidade da conduta criminosa, a ex-deputada, poucos dias após o homicídio, orientou os demais corréus para que o celular da vítima fosse localizado e suas mensagens comprometedoras fossem apagadas, bem como que fossem queimadas as roupas com possíveis vestígios forenses”. “Ela também providenciou treinamento a réus e testemunhas que foram intimadas para prestarem depoimento em sede policial, solicitando que testemunhas mentissem à polícia e alterassem versões já fornecidas, assim como, por repetidas vezes, descumpriu a medida cautelar de monitoramento eletrônico”, pontuou a entidade ainda.

De acordo com o Ministério Público do Rio, Flordelis foi denunciada por arquitetar o homicídio de Anderson, arregimentando e convencendo o executor direto do crime, seu filho Flávio dos Santos Rodrigues, e os demais acusados, a participarem do crime sob a simulação de ter ocorrido um latrocínio. A ex-deputada também financiou a compra da arma usada no assassinato e avisou da chegada da vítima no local em que ela foi executada. O motivo do crime seria o fato de a vítima manter rigoroso controle das finanças familiares e administrar os conflitos de forma rígida, não permitindo tratamento privilegiado das pessoas mais próximas a Flordelis, em detrimento de outros membros da numerosa família.

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