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Consórcios superam R$ 467 bi com venda de 4,78 mi de cotas

Sistema de consórcios injeta potencialmente R$ 112,55 bilhões nos diversos setores da economia, acumulados de janeiro a novembro.

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VENDAS DE CONSÓRCIOS

No penúltimo mês do ano, o sistema de consórcios repetiu o desempenho mostrado desde janeiro ao suplantar marcas anteriores e alcançar R$ 467 bilhões em negócios realizados, 31,9% acima dos R$ 354,13 bilhões anteriores.

O volume alcançado é resultado das vendas de 4,78 milhões de cotas no acumulado de janeiro a novembro. Com 14,6% a mais que as 4,17 milhões totalizadas no mesmo período de 2024, as adesões novamente bateram recorde histórico da modalidade, de acordo com os dados levantados pela assessoria econômica da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), junto às suas associadas.

O forte aumento de adesões provocou crescimento do total de participantes ativos que, em novembro, atingiu 12,74 milhões, 13,5% acima dos 11,22 milhões do mesmo mês de 2024. Mais uma vez, outro recorde histórico superado.

No acompanhamento mensal de consorciados ativos, de janeiro de 2022, existiam 8,21 milhões; houve evolução consecutiva para 12,74 milhões até novembro de 2025, com exceção de abril de 2023. O crescimento nos quarenta e sete meses foi de 55,2%.

A somatória de contemplações chegou a 1,63 milhão, de janeiro a novembro, um avanço de 4,5% sobre as 1,56 milhão dos mesmos meses de 2024. Os créditos concedidos, relativos aos consorciados contemplados, acumularam R$ 112,55 bilhões, 23,6% maiores que os R$ 91,03 bilhões do ano passado.

O tíquete médio de novembro foi de R$ 101,70 mil, 6,4% maior que os R$ 95,58 mil registrados no mesmo mês de 2024. Trata-se de média ponderada resultante dos valores obtidos nos setores de veículos leves, motocicletas, veículos pesados, imóveis, serviços e eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis.

Detalhes dos indicadores

Vendas de cotas

As 4,78 milhões de cotas vendidas e acumuladas nos onze meses estiveram divididas em: 1,78 milhão em veículos leves; 1,32 milhão em motocicletas; 1,26 milhão em imóveis; 183,18 mil em veículos pesados, 171,58 mil em eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 56,92 mil em serviços.

De janeiro a novembro, dos seis setores, nos quais o consórcio está presente, cinco apresentaram altas nas vendas de cotas: eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, com 48,9%; imóveis, com 36,2%; serviços, com 17,6%; veículos leves, com 9,0%, e motocicletas, com 8,0%.

Houve apenas uma retração: veículos pesados, com (-17,3%), cuja recuperação vem ocorrendo gradativamente em busca da normalidade. A baixa registrada acompanha as retrações observadas principalmente nas vendas de caminhões e implementos rodoviários no mercado interno.

Contemplações

Ainda nos meses de janeiro a novembro, as 1,63 milhão de contemplações estiveram assim distribuídas: 696,91 mil de veículos leves; 627,62 mil de motocicletas; 130,57 mil de imóveis; 87,78 mil de veículos pesados; 52,48 mil de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 33,11 mil de serviços.

Participantes ativos

Nos 12,74 milhões de participantes ativos, cada setor apresentou os seguintes volumes: 5,30 milhões em veículos leves; 3,25 milhões em motocicletas; 2,83 milhões em imóveis; 924,99 mil em veículos pesados; 309,53 mil em eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 125,20 mil em serviços.

Tíquete médio de 2021 a 2025

Ao analisar os resultados dos tíquetes médios dos meses de novembro nos intervalos dos últimos cinco anos, constatou-se um avanço nominal de 50,9%. Ao descontar a inflação (IPCA) de 22,6% verificada no período, na relação da diferença de R$ 67,41 mil, em novembro de 2021, para os R$ 101,70 mil, no mesmo mês de 2025, houve valorização real de 23,1%.

“Completados onze meses do ano, o sistema de consórcios vem confirmando as previsões de crescimento projetadas em 2024 em quase todos os setores e no geral. Ao demonstrar confiança, o consumidor brasileiro vem aderindo ao mecanismo, apoiado principalmente nos conhecimentos da essência da educação financeira. O resultado desse constante amadurecimento está apoiado no bom planejamento das finanças pessoais, incluindo o consórcio como opção para aquisição de bens ou contratação de serviços”, ressalta Paulo Roberto Rossi, presidente-executivo da ABAC.

A cadeia produtiva e a potencial participação dos consórcios

Nos primeiros anos da década de 60, quando a indústria automobilística dava seus passos iniciais no Brasil, não havia linhas de crédito para financiamento nas vendas de automóveis fabricados no país. Com criatividade, a ausência possibilitou a formação dos primeiros grupos de consórcio como solução em forma de autofinanciamento.

A viabilização, genuinamente brasileira, possibilitou ao consumidor alcançar objetivos de aquisição ou troca de automóvel. Nos onze meses de 2025, a potencial presença no setor automotivo esteve em um a cada três veículos leves vendidos no país.

No segmento das duas rodas, nos mesmos meses, as contemplações apontaram a potencial aquisição de uma moto a cada três comercializadas no mercado interno.

No setor dos veículos pesados houve outra situação. Com a divisão, desde a recente realidade setorial que indicou aproximadamente 51% para máquinas agrícolas, 41% para caminhões e 8% para outros equipamentos destinados ao transporte rodoviário de carga, implementos rodoviários e agrícolas, ônibus, aeronaves e embarcações, o consórcio apresentou uma a cada quatro vendas de caminhões negociados para ampliação ou renovação de frotas para o setor de transportes, muitos sendo utilizados no agronegócio.

De janeiro a novembro, o consórcio disponibilizou para diversos setores econômicos, por meio das contemplações, recursos da ordem de R$ 112,55 bilhões. O sistema atingiu 30,5% de potencial presença no setor de automóveis, utilitários e camionetas. No de motocicletas, houve 31,3% de possível participação, enquanto no de veículos pesados, a relação para caminhões foi de 26,2% no mês.

No setor imobiliário, durante os dez primeiros meses do ano, as contemplações representaram potenciais 24,2% de participação no total de 487,19 mil imóveis financiados, incluindo recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e dos consórcios, potencialmente um imóvel a cada quatro comercializados.

Website: http://www.abac.org.br

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