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Casa Branca responde Lula: Trump “não está tentando ser o imperador do mundo”
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, criticou ainda a forma como o Brasil trata "desmatamento ilegal e outras práticas ambientais". "Coloca os produtores, fabricantes, agricultores e pecuaristas americanos em desvantagem competitiva", disse
A Casa Branca reagiu, nesta quinta-feira (17/7), às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que classificou como “imposição” a conduta dos Estados Unidos em manter tarifas de 50% a produtos brasileiros. Segundo ele, o presidente dos EUA, Donald Trump, não havia sido eleito para atuar como um “imperador do mundo”.
De acordo com a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, o presidente Trump atua como um líder com influência global e “não está tentando ser o imperador do mundo”.
As declarações do presidente brasileiro com críticas a Trump foram concedidas em entrevista à CNN Internacional. “O Brasil deve cuidar do Brasil e cuidar do povo brasileiro. O Brasil não aceitará nada que lhe seja imposto. Aceitamos negociação e não imposição”, afirmou o petista.
Investigação contra o Brasil
Karoline Leavitt também criticou, na conversa com jornalistas que cobrem a Casa Branca, a forma o Brasil trata pontos como propriedade intelectual, “desmatamento ilegal e outras práticas ambientais”. “Coloca os produtores, fabricantes, agricultores e pecuaristas americanos em desvantagem competitiva”, disse.
As falas da assessora dizem respeito a uma investigação para apurar se práticas comerciais do Brasil prejudicariam os EUA. Conduzida pelo Escritório do Representante de Comércio (USTR) americano, a investigação critica o método de pagamento Pix, além de tarifas de importação, violações de propriedade intelectual — exemplificada pela famosa Rua 25 de Março, em São Paulo —, além de questões relacionadas a etanol, corrupção e desmatamento.
A investigação foi aberta com base na Seção 301 da Lei de Comércio dos EUA, de 1974, e prevê consultas diplomáticas, além de uma audiência pública marcada para 3 de setembro de 2025. Empresas e entidades interessadas poderão enviar comentários até 18 de agosto.