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Furacão Melissa deixa quase 50 mortos no Haiti e na Jamaica; vídeo
Tempestade histórica matou 49 pessoas no Haiti e na Jamaica e provocou danos severos em Cuba antes de seguir em direção às Bermudas
O furacão Melissa, considerado o mais forte do Atlântico em quase um século, deixou um rastro de destruição no Caribe. Até a manhã desta quinta-feira (30), as autoridades confirmaram ao menos 30 mortos no Haiti e 19 na Jamaica. A tempestade também provocou danos severos em Cuba antes de seguir em direção às Bermudas, com ventos sustentados de até 165 km/h.
De acordo com o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC), as enchentes devem começar a diminuir nas Bahamas, onde o alerta de furacão foi suspenso. No entanto, o risco de chuvas intensas e inundações ainda é alto em Cuba, Jamaica, Haiti e República Dominicana. “As condições nas Bermudas vão se deteriorar rapidamente esta noite”, alertou o órgão em comunicado.
Imagens do estrago causado na Jamaica:
Resultado da passagem do furacão Melissa na Jamaica. 😳 pic.twitter.com/u9tcC0f5ZR
— Bruno Brezenski (@bbbrezenski) October 29, 2025
Mudanças climáticas intensificaram a força do furacão
Segundo uma análise do Imperial College de Londres, o poder destrutivo de Melissa foi amplificado pelas mudanças climáticas provocadas pela atividade humana. O fenômeno registrou ventos de categoria 4 na escala Saffir-Simpson e afetou diretamente milhões de pessoas em diferentes ilhas do Caribe.
Veja imagens do furacão por dentro:
As imagens mais incríveis já registradas do interior do olho de um furacão. No caso, o Melissa, de categoria 5 😮 pic.twitter.com/0cUG1DNh8N
— JAMES WEBB (@jameswebb_nasa) October 28, 2025
No Haiti, que não foi atingido pelo olho do furacão, as chuvas torrenciais provocaram enchentes repentinas no sudoeste do país, causando 30 mortes, entre elas, dez crianças, e deixando ao menos 20 desaparecidos, conforme balanço oficial atualizado na quinta-feira.
Jamaica e Cuba enfrentam destruição e crise
Na Jamaica, a ministra da Informação, Dana Morris Dixon, confirmou que 19 pessoas morreram em decorrência da passagem do furacão. Casas foram destruídas e parte do território segue sem energia elétrica.
Em Cuba, a cidade de Santiago, a segunda maior do país, foi uma das mais atingidas. A tempestade derrubou telhados, causou desabamentos e interrompeu o fornecimento de energia. Linhas de transmissão de alta tensão foram danificadas, agravando a crise que o país enfrenta há cinco anos.
Ajuda internacional é mobilizada
Diversos países anunciaram o envio de auxílio humanitário às regiões afetadas. O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, informou o envio de 26 toneladas de suprimentos a Cuba. O Reino Unido prometeu cerca de US$ 3,3 milhões (R$ 17,7 milhões) em ajuda emergencial e anunciou voos para retirar cidadãos britânicos da Jamaica.
O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, também anunciou o envio de três aviões com ajuda humanitária à Jamaica. Enquanto isso, o NHC segue monitorando a trajetória do furacão, que se aproxima das Bermudas com potencial de causar novos danos significativos.