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Japão executa ‘assassino do Twitter’ que matou nove vítimas

Takahiro Shiraishi matou nove pessoas após atraí-las pelas redes sociais

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Usuários brasileiros conseguem acessar o X, antigo Twitter
Foto: depositphotos.com / BongkarnGraphic

O governo do Japão executou nesta sexta-feira (28) Takahiro Shiraishi, conhecido como o “assassino do Twitter”, condenado à morte por matar e desmembrar nove pessoas em 2017. O caso gerou comoção nacional.

Shiraishi utilizava o Twitter (hoje X) para se aproximar de jovens vulneráveis, a maioria mulheres entre 15 e 26 anos, que expressavam intenção de tirar a própria vida. Ele oferecia “ajuda”, ganhava sua confiança e as atraía até seu apartamento, em Zama, perto de Tóquio, onde as estrangulava e desmembrava.

Como os crimes foram descobertos?

Em outubro de 2017, a polícia japonesa investigava o desaparecimento de uma jovem quando encontrou nove cabeças humanas, ossos, braços e pernas escondidos em refrigeradores e caixas de ferramentas no apartamento de Shiraishi. A cena foi descrita pela imprensa japonesa como a “casa dos horrores”.

Durante o julgamento, os advogados do réu alegaram “assassinato com consentimento”, já que muitas vítimas haviam falado sobre suicídio. No entanto, o próprio Shiraishi contestou essa versão, dizendo ter matado sem o consentimento das vítimas, “por motivos sexuais e financeiros”.

Qual foi o impacto do caso no Japão?

A condenação à pena de morte foi determinada em 2020, e centenas de pessoas acompanharam a audiência final. A execução foi a primeira realizada no Japão desde 2022, onde a pena capital ainda é aplicada por enforcamento.

O caso reacendeu debates sobre saúde mental e uso das redes sociais para tratar de temas sensíveis. Após os crimes, o Twitter passou a proibir conteúdos que incentivem suicídio ou automutilação.

O Ministro da Justiça do Japão, Keisuke Suzuki, afirmou que a execução foi justificada pela “crueldade extrema dos assassinatos”. A sentença foi considerada como um ato de justiça por familiares das vítimas.