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Vídeo: em meio à libertação de prisioneiros, Ucrânia é alvo de novos bombardeios da Rússia

Ofensiva russa ocorre enquanto Rússia e Ucrânia realizam rara troca de combatentes com mediação internacional

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Bombardeio Russo em Kiev. Foto: Reproducao/Redes sociais

Enquanto Ucrânia e Rússia realizavam neste sábado (24) uma operação inédita de troca de prisioneiros desde o início da guerra, a capital ucraniana, Kiev, foi alvo de intensos bombardeios. A ofensiva russa, que incluiu mísseis e drones, atingiu áreas residenciais e deixou ao menos 15 feridos, além de provocar incêndios e destruição em diversos pontos da cidade.

De acordo com autoridades ucranianas, as forças de defesa conseguiram interceptar boa parte do ataque, derrubando seis mísseis balísticos e 245 drones, mas os danos causados pelos projéteis que conseguiram atingir o solo foram significativos. Kiev foi apontada como o foco principal da investida, que também feriu duas pessoas em localidades próximas.

O Ministério da Defesa da Rússia alegou que o alvo eram estruturas militares e sistemas de defesa aérea fornecidos pelo Ocidente. O governo ucraniano, por sua vez, acusou Moscou de sabotar os esforços por uma possível negociação de paz, justamente durante um raro momento de diálogo entre os países.

Em meio ao ataque, o presidente Volodymyr Zelensky voltou a defender sanções econômicas mais rigorosas contra Moscou. “Apenas sanções adicionais forçarão Moscou a cessar os ataques”, escreveu na rede X, acrescentando que “a causa do prolongamento da guerra está em Moscou”, afirmou.

A representante da União Europeia em Kiev, Katarina Mathernova, também reagiu ao bombardeio, criticando duramente a postura russa: “É mais uma prova clara de que o Kremlin não quer o fim do conflito”. Veja imagens do bombardeio:

Emoção na chegada dos prisioneiros

Longe da linha de frente, em Chernihiv, no norte da Ucrânia, familiares aguardavam a chegada dos soldados libertados. O sábado marcou o segundo dia da troca de prisioneiros iniciada na sexta-feira. Ao todo, 697 combatentes retornaram aos seus países – 390 na sexta e 307 no sábado. A terceira fase da troca deve ocorrer neste domingo, totalizando mil libertações para cada lado.

A iniciativa foi resultado das primeiras conversas diretas entre russos e ucranianos em três anos, realizadas recentemente em Istambul com intermediação internacional. O presidente dos EUA, Donald Trump, foi um dos que anunciaram publicamente o acordo e pressionam por avanços diplomáticos.

A cena foi marcada por reencontros emocionantes. Soldados magros, debilitados e com semblantes cansados reencontraram mães, esposas e filhos após meses ou anos em cativeiro. Alguns foram encaminhados a hospitais para avaliações médicas e psicológicas.

Guerra sem trégua

Mesmo com os esforços humanitários, o conflito segue intenso. A Rússia afirmou neste sábado ter conquistado novas posições em Donetsk e Sumy. Nesta última, uma mulher morreu em decorrência dos bombardeios. Do lado russo, ataques atribuídos à Ucrânia deixaram cinco feridos na região de Kursk.

Na véspera, os ucranianos já haviam relatado a morte de 11 civis em diferentes regiões, evidenciando que, mesmo diante de avanços pontuais no campo diplomático, a guerra continua sem perspectiva de resolução no curto prazo.