Médico perde registro após caminhar nu por consultório e assediar funcionárias

David Diffine, médico de Blytheville, nos Estados Unidos, teve seu registro revogado por cinco anos após uma decisão unânime da Junta Médica do Estado do Arkansas. O caso ganhou repercussão depois da divulgação de vídeos que mostravam o profissional caminhando nu pela recepção de seu consultório e mantendo relações sexuais com uma funcionária durante o expediente.

A audiência disciplinar, realizada em Little Rock, concluiu que havia preponderância de evidências indicando violação do Ato de Práticas Médicas. As gravações foram determinantes para a decisão, que impôs a sanção máxima prevista.

Papel da Junta Médica e início da investigação

A Junta Médica do Arkansas é responsável por garantir que médicos atuem de forma ética e segura. No caso de Diffine, a apuração começou em julho de 2024, após uma denúncia formal de conduta inadequada com funcionárias que também eram pacientes. Inicialmente, houve suspensão temporária da licença enquanto as investigações eram conduzidas.

“Eu recomendaria que ele passasse por uma avaliação profissional mais aprofundada para verificar se está apto a continuar exercendo a medicina”, disse o doutor Bradley Diner, da Fundação Médica do Arkansas, ao NY Post.

Por que a ética médica é tão relevante?

A ética é um dos pilares da medicina. Médicos são figuras de confiança, e sua conduta influencia diretamente a credibilidade da profissão. Quando essa confiança é quebrada, o impacto vai além da reputação individual, afetando pacientes e equipes inteiras.

Possíveis impactos da conduta inadequada:

• Perda de confiança dos pacientes no sistema de saúde
• Abalo moral e psicológico em funcionários
• Danos irreversíveis à carreira profissional
• Risco de processos judiciais e repercussões criminais

Consequências para o ambiente de trabalho

O comportamento do médico levantou preocupações sobre a segurança no local de trabalho e a vulnerabilidade de funcionários diante de figuras de autoridade. Especialistas ressaltam a necessidade de canais seguros para denúncias, sem risco de retaliações.

Compulsividade sexual e prática médica

O caso também expõe como transtornos de comportamento, como compulsividade sexual, podem comprometer a capacidade de um médico em atender de forma adequada e segura. A mistura entre problemas pessoais e responsabilidades profissionais cria riscos para pacientes e para a equipe.

Caminhos para prevenção

Para evitar casos semelhantes, é essencial investir em:

• Treinamento contínuo em ética profissional
• Políticas internas claras contra assédio
• Programas de apoio e proteção a denunciantes
• Monitoramento rigoroso do ambiente de trabalho

Desafios e futuro da profissão

Embora a revogação da licença de Diffine mostre que condutas antiéticas não são toleradas, a mudança cultural ainda enfrenta barreiras. O combate ao assédio e à má conduta exige ações preventivas e reformas estruturais para tornar ambientes médicos mais seguros.