OMS altera o nome da varíola dos macacos para ‘mpox’

A Organização Mundial da Saúde anunciou nesta segunda-feira (28), que a varíola dos macacos, conhecida cientificamente como “monkeypox” passará a ser chamar “mpox”. De acordo com a OMS, ambos os nomes poderão ser usados durante um ano, até que o termo varíola do macaco seja substituído por completo.

A organização, com sede em Genebra, na Suíça, tem autoridade para nomear novas doenças, e, de forma excepcional, alterar o nome das já existentes. “A questão do uso do novo nome em diferentes idiomas foi amplamente discutida. O termo mpox pode ser usado em outras línguas”, disparou a OMS.

Se houvesse problematização quanto ao novo nome em qualquer idioma, a Organização Mundial da Saúde iniciaria consultas com as autoridades competentes. No momento em que o surto de varíola do macaco começou, na primavera de 2022, houve “declarações racistas e estigmatizantes” observadas na internet, o que fez com que alguns países e indivíduos solicitassem a mudança do nome.

A varíola do macaco teve esse nome porque foi originalmente identificada em macacos destinados à pesquisa na Dinamarca em 1958. No entanto, a doença se desenvolve comumente em roedores. O primeiro registro em humanos aconteceu em 1970, na República Democrática do Congo.

A propagação da doença em humanos estava limitada a certos países da África Ocidental, onde ela endêmica. Porém, em maio começaram a surgir casos de varíola do macaco no mundo inteiro.

A doença pode causar erupções cutâneas, que podem aparecer nos órgãos genitais ou na boca, acompanhadas de fortes febres e dor de garganta.

Somente em 2022, foram registrados mais de 81 mil casos em 110 países, e mais de 50 mortes.