Onda de calor extrema na Europa já deixa oito mortos e fecha escolas - Super Rádio Tupi
Conecte-se conosco
x

Mundo

Onda de calor extrema na Europa já deixa oito mortos e fecha escolas

Temperaturas recordes provocam tragédia, incêndios, colapso em escolas e alertam para os efeitos da crise climática

Publicado

em

Compartilhe
google-news-logo
Imagem de satélite registra as temperaturas da superfície terrestre e marítima no sul da Europa e norte da África em 29 de junho de 2025. Foto: Dados do Copernicus Sentinel (2025), processados ​​pela ESA

A Europa enfrenta uma das ondas de calor mais severas da história, com temperaturas que já ultrapassaram os 46°C em algumas regiões. Até o momento, ao menos oito pessoas morreram em decorrência do fenômeno, que forçou o fechamento de escolas, suspendeu atividades ao ar livre e interditou atrações turísticas, como o topo da Torre Eiffel, em Paris.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) classificou a onda de calor como um “assassino silencioso”, alertando que eventos como esse estão se tornando mais frequentes e intensos devido às mudanças climáticas provocadas por ações humanas.

Quais países europeus estão sendo mais afetados pelo calor?

Na França, junho foi o mês mais quente desde 1900, com temperaturas chegando a 42°C na capital. Mais de 2.200 escolas foram fechadas e ao menos 300 pessoas sofreram insolação, entre elas uma menina de 10 anos que não resistiu.

Na Alemanha, os termômetros bateram quase 39°C em Berlim, levando o governo a decretar o “hitzefrei” — medida que libera estudantes das aulas em dias de calor extremo.

Já na Espanha, os termômetros alcançaram os 46°C em Huelva, enquanto incêndios florestais devastaram a região da Catalunha, deixando duas vítimas fatais e forçando o confinamento de 14 mil pessoas. Uma criança de dois anos morreu após ser deixada em um carro sob o sol, em Tarragona.

Portugal também registrou recordes, com a cidade de Mora marcando 46,6°C em junho. Em várias regiões, como o Alentejo, a população tem relatado dificuldades para lidar com o calor extremo.

Incêndios florestais são causados pelo calor extremo

Foto: Reprodução/ Agência Brasil

Na Catalunha, um incêndio florestal atingiu 6.500 hectares de plantações e gerou uma coluna de fumaça que chegou a 14 mil metros de altura. Mais de 500 bombeiros atuaram no combate às chamas, mas a situação só foi controlada após a chegada da chuva.

Segundo Salvador Illa, presidente regional da Catalunha, “nem o triplo do efetivo seria suficiente sem a ajuda da natureza”. A previsão indica novos picos de calor, com termômetros próximos aos 39°C nos próximos dias.

A resposta política é suficiente diante da crise climática?

Autoridades locais ativaram protocolos de emergência em diversas cidades. Em Barcelona, ações incluem distribuição de água para pessoas em situação de rua e alertas por SMS com orientações de segurança.

A chefe da União Europeia para a Transição Energética criticou a “covardia política” diante da emergência climática. Enquanto isso, especialistas reforçam a importância de manter-se hidratado, evitar a exposição direta ao sol e seguir orientações médicas, sobretudo entre crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.