ONU alerta para risco de 14 mil bebês morrerem em Gaza nas próximas 48h - Super Rádio Tupi
Conecte-se conosco
x

Mundo

ONU alerta para risco de 14 mil bebês morrerem em Gaza nas próximas 48h

Diretor humanitário da ONU faz apelo urgente e diz que ajuda liberada por Israel é mínima diante da crise

Publicado

em

Compartilhe
google-news-logo
Faixa de Gaza após combate. Créditos: depositphotos.com / thenews2.com

O diretor de ajuda humanitária da ONU, Tom Fletcher, fez um alerta dramático nesta terça-feira (20): cerca de 14 mil bebês podem morrer nas próximas 48 horas na Faixa de Gaza, caso não seja permitida a entrada de ajuda humanitária em escala massiva.

Segundo Fletcher, em entrevista à BBC, desde 2 de março, Israel impôs um bloqueio total a Gaza, proibindo a entrada de alimentos, combustíveis e medicamentos. No último domingo, uma abertura limitada foi autorizada, permitindo que apenas cinco caminhões com suprimentos cruzassem a fronteira, número considerado “uma gota no oceano” diante da gravidade da situação.

Por que a ONU teme tantas mortes de bebês em tão pouco tempo?

O cálculo da ONU é baseado em informações coletadas por equipes no território, muitas das quais já foram mortas em bombardeios. As que permanecem relatam fome extrema nas comunidades, especialmente entre crianças pequenas. “Será difícil”, afirmou Fletcher ao reforçar que as equipes estão sendo impedidas em todos os pontos.

Ele também destacou que, embora alguns caminhões tenham cruzado a fronteira, a ajuda ainda não chegou às regiões mais afetadas. A ONU exige que o mundo pressione Israel a liberar acesso pleno e imediato à ajuda humanitária.

Qual a posição de Israel sobre o bloqueio e a entrada de ajuda?

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a liberação parcial da ajuda foi motivada por pressão de aliados como Reino Unido, França e Canadá. Israel alega que o bloqueio visa enfraquecer o Hamas, que ainda mantém reféns, e que o grupo rouba os mantimentos — uma acusação que o Hamas nega.

Netanyahu declarou que a liberação total depende da criação de uma área controlada pelas Forças de Defesa de Israel (IDF), para garantir a distribuição dos suprimentos sem interferência do Hamas. Enquanto isso, milhares de palestinos no norte de Gaza seguem em estado de fome aguda, sem acesso a alimentos básicos como pão, arroz, farinha ou legumes.