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Polícia prende suspeitos de roubo milionário de joias do Museu do Louvre
Ladrões levaram oito peças da nobreza francesa avaliadas em 88 milhões de euros; dois homens foram detidos
Dois suspeitos foram presos em Paris pelo roubo de joias da nobreza francesa expostas no Museu do Louvre, segundo informou a promotoria da capital francesa neste domingo (26). O crime, que ocorreu no último dia 19 de outubro, resultou no furto de oito peças avaliadas em 88 milhões de euros (cerca de R$ 540 milhões).
De acordo com a mídia francesa, um dos detidos foi capturado no Aeroporto Charles de Gaulle, quando se preparava para embarcar rumo à Argélia. O outro suspeito teria planos de viajar para o Mali. As prisões ocorreram na noite de sábado (25), informou o Ministério Público, que não divulgou o número total de envolvidos.
Como ocorreu o roubo no Museu do Louvre?

O crime aconteceu em plena luz do dia, logo após a abertura do museu ao público. Quatro ladrões, armados com ferramentas elétricas, invadiram o prédio pela Galeria de Apolo, utilizando um elevador mecânico acoplado a um veículo para alcançar uma janela do primeiro andar.
Após cortar as grades e o vidro das vitrines, os criminosos ameaçaram os seguranças, que deixaram o local. A ação durou cerca de quatro minutos, e o grupo fugiu em duas motocicletas às 9h38, no horário local.
Um relatório preliminar apontou falhas significativas na segurança: uma em cada três salas da área invadida não tinha câmeras, e o sistema externo de vigilância estava desatualizado.
Veja imagens da evacuação após o roubo:
Autoridades admitem falhas e reforçam segurança
O ministro da Justiça da França reconheceu que os protocolos de segurança “falharam” e que o episódio deixou o país com uma “imagem terrível”. A diretora do museu, Laurence des Cars, informou ao Senado francês que a câmera responsável por monitorar a parede externa estava voltada para outra direção, o que dificultou a identificação da quadrilha.
Desde o roubo, o governo francês reforçou a vigilância em instituições culturais. O Louvre também transferiu parte de suas joias mais valiosas para o cofre do Banco da França, localizado 26 metros abaixo da superfície em sua sede no centro de Paris.
As investigações continuam sob responsabilidade da polícia especializada em crimes contra o patrimônio, que pode manter os suspeitos sob interrogatório por até 96 horas.