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Vídeo: esposa de ex-primeiro-ministro do Nepal morre queimada viva em protestos
Rajyalaxmi Chitrakar, mulher de Jhalanath Khanal, foi trancada em casa e atacada durante revoltasA crise política no Nepal ganhou contornos ainda mais trágicos na terça-feira (9), quando Rajyalaxmi Chitrakar, esposa do ex-primeiro-ministro Jhalanath Khanal, morreu após ter sua casa incendiada por manifestantes em Katmandu.
Segundo a imprensa local, ela foi trancada dentro da residência antes de o imóvel ser ateado em chamas. Resgatada em estado crítico, foi levada ao Hospital de Queimados de Kirtipur, mas não resistiu. Médicos afirmaram que as queimaduras atingiram grande parte do corpo, incluindo os pulmões.
Veja como ficou parlamento após protestos:
🇳🇵 URGENTE: Manifestantes incendeiam o Parlamento do Nepal em protesto contra o bloqueio de redes sociais como Facebook e Instagram imposto pelo governo.
— Eixo Político (@eixopolitico) September 9, 2025
A mobilização é puxada principalmente por jovens, com o lema: “bloqueiem a corrupção, não as redes sociais”. pic.twitter.com/G9YNORE510
The remains of Nepal Parliament. pic.twitter.com/afMKJcpm4y
— Aditya Raj Kaul (@AdityaRajKaul) September 9, 2025
O que motivou a onda de violência no Nepal?
Os protestos começaram depois que o governo bloqueou 26 redes sociais, entre elas Facebook, X, YouTube e LinkedIn, alegando que as plataformas não tinham registro legal no país. A decisão gerou forte reação da juventude, já que 43% da população tem entre 15 e 43 anos.
Vídeos compartilhados no TikTok — que não foi bloqueado — mostrando o contraste entre o luxo de filhos de políticos e as dificuldades da população aumentaram a revolta.
Primeiro-ministro anuncia sua renúncia
Na segunda-feira (8), milhares de pessoas foram às ruas em Katmandu e em outras cidades. A manifestação em frente ao Parlamento terminou em confronto com a polícia, que usou gás lacrimogêneo, canhões de água e balas de borracha.
A Anistia Internacional denunciou ainda o uso de munição letal contra manifestantes.
No dia seguinte, diante da escalada da violência que já deixou 19 mortos e mais de 100 feridos, o então primeiro-ministro KP Sharma Oli anunciou sua renúncia. O governo interino agora enfrenta o desafio de conter a crise e negociar uma saída política para o impasse.