Vídeo: Rússia lança maior ataque aéreo da guerra e atinge diversas regiões da Ucrânia

A Rússia realizou, na madrugada desta sexta-feira (6), o maior ataque aéreo desde o início da guerra contra a Ucrânia, lançando 450 projéteis — entre drones e mísseis — em diversas regiões do país. O bombardeio causou destruição em cidades como Kiev, Lutsk, Lviv e Khmelnytskyi, além de deixar ao menos quatro mortos e 49 feridos, segundo autoridades ucranianas.

O Exército russo justificou a ação como uma resposta aos recentes ataques de drones ucranianos que danificaram aeronaves militares em território russo. O Ministério da Defesa da Rússia afirmou, por meio da agência Interfax, que os bombardeios visaram alvos ligados a “atos terroristas” praticados por Kiev. O presidente Vladimir Putin já havia prometido retaliação.

Na capital ucraniana, Kiev, quatro pessoas morreram e 20 ficaram feridas, segundo a administração local. Explosões e incêndios foram registrados em diferentes bairros. Sirenes de alerta soaram durante toda a madrugada, enquanto moradores buscaram abrigo em estações de metrô. Um trem foi atingido entre estações, interrompendo o serviço de transporte.

Ao todo, foram lançados 407 drones Shahed e 45 mísseis — incluindo modelos balísticos Iskander-M e de cruzeiro Kh-101. O Exército da Ucrânia informou ter interceptado cerca de 370 drones e 36 mísseis com sistemas antiaéreos. Apesar disso, os estragos foram significativos em várias regiões, como Sumy, Ternopil, Poltava e Chernigov.

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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou a ofensiva como mais um “ataque terrorista massivo” da Rússia. Ele reforçou o apelo à comunidade internacional por mais sanções ao Kremlin. “A Rússia não muda sua natureza – mais um ataque massivo contra cidades e a vida cotidiana. (…) A Rússia precisa ser responsabilizada por isso. Desde o primeiro minuto desta guerra, eles têm atacado cidades e vilarejos para destruir vidas”, declarou.

O ataque desta sexta-feira superou o anterior considerado o maior da guerra, ocorrido no fim de maio, que havia registrado 367 projéteis. A escalada ocorre após o uso de drones por espiões ucranianos para atingir bases aéreas russas, episódio que teria motivado a retaliação russa.