Capital Fluminense
Família descobre no IML que vendedora agredida em Cascadura estava grávida
Darah Moreira Duarte, de 25 anos foi espancada por outra ambulanteFoto/Arquivo Pessoal (Dara ao lado do filho Miguel, de 5 anos)
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o assassinato de uma vendedora de balas que foi espancada até a morte, em Cascadura, na Zona Norte da cidade, na última segunda-feira (30/08). O motivo? Uma cobrança de R$25. Darah Moreira Duarte, de 25 anos, havia deixado a quantia guardada com uma amiga que também é vendedora ambulante e, de acordo com testemunhas, quando ela pediu o dinheiro de volta, foi surpreendida pela reação agressiva e violenta da colega.
Um vídeo que circula em redes sociais mostra a sessão de espancamento. Darah foi arrastada pelo chão com socos e pontapés enquanto outras pessoas incentivavam a briga entre as duas.
Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi chamada e os socorristas tentaram fazer massagem cardíaca, mas Darah já chegou morta à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Madureira, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde.
Na delegacia, a agressora contou outra versão, alegando que bateu para se defender. E o sofrimento da família não parou por aí. No Instituto Médico Legal (IML) os parentes receberam outra notícia triste, pois Darah estava grávida.
“Dara não teve reação e estava grávida, foi descoberto no IML. Nem dinheiro pra enterrar a minha prima a gente tem. A gente tá fazendo vaquinha porque a gente não tem quase 3 mil reais pra enterrar a Darah, e a gente não conseguiu fazer na gratuidade”, destacou a prima da vítima, Aline Duarte.
Darah Moreira Duarte deixa três filhos, duas meninas e o pequeno Gabriel, de apenas cinco anos, que segundo familiares, se recusa a alimentar-se desde o ocorrido. A família agora tenta fazer uma “vaquinha’’ para custear o enterro da vendedora.