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Patrulhando a Cidade

Sequestro a ônibus na Ponte relembra o pesadelo de 174

Dezenove anos depois da tragédia no Jardim Botânico que terminou com uma vítima e o sequestrador mortos

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Foto: Reprodução TV

O sequestro do ônibus da Linha 2520 que faz o trajeto Jardim Alcântara – Estácio, da viação Galo Branco, atrai todos os olhares para a Ponte Rio-Niterói, na manhã desta terça-feira, 20/08, e remete, imediatamente, a terrível tragédia do ônibus 174, na Rua Jardim Botânico, zona sul do Rio, em 12 de junho de 2000.

Na ocasião, o sequestrador Sandro do Nascimento, sobrevivente da chacina da Candelária (1993), invadiu o ônibus, armado com um revólver calibre 38. Ele fez os passageiros de reféns durante cinco horas de negociações, em um crime que foi transmitido ao vivo para todo o país. Na fase final do sequestro, 11 mulheres foram feitas de reféns. Uma delas, Janaína Neves, foi obrigada por Sandro a escrever recados do sequestrador para a polícia. Frases como “ele vai matar geral às seis horas” e “ele tem pacto com o diabo” foram escritas a batom nos vidros do veículo. Por volta das 18h50min, Sandro decidiu sair do ônibus, usando a professora Geisa Firmo Gonçalves como escudo. Após uma falha de um agente do BOPE, que tentou acertar Sandro com uma submetralhadora, a professora foi atingida de raspão no queixo. Em reação, Sandro efetuou três tiros nas costas de Geisa, que não resistiu aos ferimentos e morreu na hora. No mesmo momento, Sandro foi imobilizado por uma equipe da polícia e levado para o interior de uma viatura, onde morreu asfixiado.

Dezenove anos após a tragédia do 174, um novo sequestro preocupa a população do Riode Janeiro. Desde às 5h30 da manhã um homem, ainda não identificado faz cerca de 18 pessoas de reféns na Ponte Rio-Niterói. O sequestrador, que ameaça incendiar o veículo, diz ser policial militar, mas a PRF nega. Além de um galão de gasolina, o sequestrador tem um revolver, uma arma de choque e uma faca. Até o momento, quatro pessoas foram liberadas, três mulheres e um homem e a Ponte segue fechada no sentido Rio.

Negociadores do Batalhão de Choque permanecem no local, para ajudar no diálogo com o criminoso.

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