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Técnica de enfermagem tem pele necrosada após procedimento estético na Baixada

O procedimento durou mais de 10 horas. Jéssica deu entrada no Hospital Souza Aguiar em estado grave.

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As marcas extremamente roxas e a pele necrosada na área da barriga da técnica de enfermagem Jessica de Souza Machado, de 31 anos, mostram o resultado de uma hidro lipo mal sucedida realizada na clínica Iguaçu Plástica Day, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

A cirurgia, que custou mais de R$ 8 mil, foi realizada pelo doutor Jaime Caro e o anestesista Almir Paixão da Silveira. O procedimento durou mais de 10 horas e Jéssica foi liberada logo depois. No dia seguinte, o pesadelo começou. A técnica de enfermagem mal conseguia andar devido às fortes dores e a pele necrosada.

“Hoje eu vivo um milagre. Só eu sei o que eu passo aqui todos os dias internada. Eu não desejo isso para ninguém”, conta Jéssica enquanto segura o choro. “Eu estou frustrada, ansiosa e depressiva devido ao procedimento que foi para realizar um sonho e acabou se tornando o pesadelo da minha vida”, completa.

O procedimento foi realizado no dia 8 de fevereiro e a mulher só foi ser internada no fim do mês. Segundo familiares, Jaime não ofereceu ajuda em nenhum momento enquanto Jéssica estava em casa. No dia 23 de fevereiro, ele mandou a técnica de enfermagem ir para um hospital de referência porque já não poderia fazer nada. Apenas após a internação, o doutor entrou em contato com a família afirmando que “estava à disposição”.

Jéssica teve nove litros de gordura retirados do corpo, quando o combinado foi apenas quatro. A mulher deu entrada no Hospital Souza Aguiar em estado grave, onde já está internada há mais de um mês. Agora, o estado de saúde de Jéssica é estável, mas não há previsão de alta. O caso foi registrado na 59° DP (Duque de Caxias).

A Iguaçu Plástica Day informou que possui um proprietário “muito rigoroso com segurança e documentações” e que “inclusive o médico responsável teve que fazer um seguro profissional”. A clínica ainda disse que, em relação à paciente Jéssica, uma semana após a realização da cirurgia “estava tudo perfeito”, “não possuía nenhuma anomalia” e que a alegação de erro médico é “leviana”.

Em nota, a clínica disse que “se solidariza com a paciente e se coloca à disposição juntamente com seu cirurgião para mais esclarecimentos.”

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