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Brasil

Bolsonaro autoriza novo reajuste para salário mínimo de 2020

Cálculo do governo, que elevou o valor de R$ 998 para R$ 1.039, considerou uma inflação mais baixa do que a registrada pelo IBGE

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Cálculo do governo, que elevou o valor de R$ 998 para R$ 1.039, considerou uma inflação mais baixa do que a registrada pelo IBGE
(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido), manifestou, nesta terça-feira, que o governo deve autorizar um novo reajuste para o salário mínimo de 2020, para repor a inflação de 2019. O cálculo do governo, que elevou o valor de R$ 998 para R$ 1.039, considerou uma inflação mais baixa do que a registrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) fechou 2019 com alta de 4,48%, de acordo com os dados divulgados na semana passada. Por lei, esse é o índice usado para o reajuste do salário mínimo, embora a inflação oficial seja a medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou o ano de 2019 em 4,31%.

A alta no preço da carne teve um peso grande no aumento dos indicadores. Na tarde desta terça, Bolsonaro vai se reunir com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para definir o novo valor e como a medida será encaminhada ao Congresso, que ainda precisa votar a Medida Provisória que definiu o primeiro valor do salário mínimo.

“Acho que tem brecha para a gente atender (o reajuste). A inflação de dezembro foi atípica (com) pico por causa do preço da carne. A ideia é (repor) a inflação, o mínimo, né?! Agora, cada um real (de reajuste) aumenta mais ou menos R$ 300 milhões no orçamento. A barra é pesada. Apesar de ser pouco o aumento, R$ 4 ou R$ 5, mas tem que recompor”, disse o presidente ao deixar o Palácio da Alvorada, na manhã desta terça-feira.

O governo pretende ainda anunciar, nesta semana, medidas para diminuir a fila de espera por benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). De acordo com Bolsonaro, uma dessas medidas deve ser a contratação de servidores ou militares da reserva. “A gente pretende contratar, a lei permite, servidores ou militares da reserva pagando 30% a mais do que eles ganham, para a gente romper essa fila que aumentou muito por ocasião da tramitação da reforma da Previdência”, explicou o presidente.

Sobre as reformas tributária e administrativa que o governo deve enviar esse ano ao Congresso, Bolsonaro disse que está confiante na aprovação, “sem muito atrito” com o Lesgislativo. “A minha ideia é fazer da melhor maneira possível para que possa ser aprovada sem muito atrito. A economia está recuperando, mas se nós pararmos na reforma (da Previdência) pode perder o que ganhou até agora. O Congresso está bastante consciente disso, acredito que não tenhamos grande dificuldades se apresentarmos boas propostas”, disse.

As informações são da Agência Brasil.

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