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Política

Bolsonaro vive ‘processo alucinatório’ e põe democracia em risco, alega autor do impeachment de Dilma

Segundo o jurista, a gestão atual vem atacando "todas as classes que representam uma capacidade crítica"

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Segundo o jurista, a gestão atual vem atacando “todas as classes que representam uma capacidade crítica”(Foto: Reprodução)

O jurista Miguel Reale Júnior, um dos autores do pedido de impeachment da ex-presidente da República Dilma Rousseff (PT), em entrevista ao portal de notícias Uol, demonstrou preocupação com os desdobramentos políticos dos últimos anos, apesar de garantir não ter se arrependido de solicitar o afastamento da petista em 2016.

Segundo ele, a gestão do presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) vem atacando “todas as classes que representam uma capacidade crítica”, o que classifica como um “fascismo cultural”: “O fascismo cultural corta pela rama toda a capacidade de pensamento, de crítica, de divergência. A diversidade desaparece. O lema é este: é proibido pensar, mas é permitido obedecer”.

Para o jurista, Bolsonaro vive um “processo alucinatório” e coloca a democracia brasileira em risco: “Quem para e medita minimamente tem de ficar de olhos abertos para que não haja essa avalanche de destruição do pensamento”.

Reale Júnior é professor titular de direito penal da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). No currículo, o jurista ainda traz uma passagem como ministro da Justiça durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

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