Em defesa do excludente de ilicitude, Bolsonaro argumenta: ‘Os caras vão morrer igual barata’

Em entrevista ao canal da jornalista Leda Nagle no YouTube, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), defendeu a ampliação do excludente de ilicitude para pessoas na defesa de suas vidas e propriedades, sob o argumento de que a medida, se estivesse em vigor, ajudaria a reduzir a violência. Bolsonaro ainda manifestou o desejo de que os militares eventualmente envolvidos em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLOs) também sejam considerados inimputáveis penalmente caso atuem em uma situação de confronto.

“Mas a partir do momento que eu entro no excludente de ilicitude, ao defender a minha a vida e a de terceiros, a minha propriedade ou de terceiros, o meu patrimônio ou de terceiros, a violência cai assustadoramente. Os caras vão morrer na rua igual barata, pô, e tem que ser assim”, declarou o presidente.

Na entrevista à Leda Nagle, Bolsonaro voltou a falar da morte de Fernando Santa Cruz, pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, e a defender a sua versão dos fatos: “Ele veio para o Rio de Janeiro e o pessoal da Ação Popular daqui não gostou de uma pessoa vir para o Rio sem ser do primeiro escalão e sem ter o positivo deles lá. Então, eles não confiavam nele. E daí, o meu entendimento, pelo o que eu ouvi, foi que o pai dele foi justiçado como tantos outros”.

Também durante a conversa, o presidente novamente relembrou sobre a facada da qual foi alvo na campanha eleitoral do ano passado, e xigiu respostas quanto as investigações: “Esta um pouquinho demorado, esta na hora de apresentar alguma coisa, um fato novo aí”.

“Com todo o respeito, se fosse a esquerdalha, já ia culpar alguém do lado de cá. É a norma deles. Tanto é que eles inventaram uma tal de Comissão da Verdade no passado, o que vale é a palavra deles, o resto não vale nada. Vale levar em conta que nós matamos para o lado de cá, nós matamos sim, ninguém nega isso aí, foi do combate, mas do lado de cá não vale isso daí”, completou Bolsonaro.