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Brasil

Hacker admite ter invadido celular de Deltan

Juiz vê indícios de que suspeitos receberam dinheiro para hackear Moro

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De acordo com uma fonte que pediu para não ser identificada, o suspeito de invadir celular de Sérgio Moro, admitiu que clonou o telefone do procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol. Segundo a fonte, Walter Delgatti foi detido pela Polícia Federal e prestou depoimento por 23 horas nesta terça-feira. Ele ainda afirmou que o homem está “entregando tudo” aos investigadores.

Já segundo a “Folha de S.Paulo”, o DJ Gustavo Henrique Elias Santos, de 28 anos, que também foi preso, disse ao advogado que um amigo, que também está preso, mostrou a ele mensagens de autoridades obtidas ilicitamente.

Os outros presos, Elias Santos e sua mulher, Suelen Oliveira, negaram ao advogado qualquer participação no ataque hacker a celulares de autoridades, como do ministro Sergio Moro e do procurador Deltan Dallagnol. O amigo preso que teria mostrado o celular a ele é Walter Delgatti Neto.

Agora, segundo parecer do Ministério Público Federal, os hackers exploraram uma falha que seria comum a todas as operadoras de telefonia, “as chamadas em que o número de origem é igual ao número de destino são direcionadas diretamente para a caixa postal, sem necessidade de inserção de senha de acesso ao conteúdo das mensagens gravadas”, diz trecho do documento.

O  juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, que determinou a prisão temporária dos suspeitos, apontou que as nvestigações indicam renda mensal incompatível com o volume de recursos movimentados por dois dos suspeitos, o que pode sinalizar que outras pessoas patrocinaram os ataques cibernéticos contra autoridades.

De acordo com investigações, um dos suspeitos teria cadastrado renda mensal de 2.866 reais no banco que opera e, ao mesmo tempo, movimentado entre abril e junho 424 mil reais. A mulher suspeita, por sua vez, cadastrou renda mensal de 2.192 reais e movimentou entre março e maio 203.560 reais.

Para o juiz, essa incompatibilidade justifica aceitar o pedido de quebra de sigilo bancário dos suspeitos.

“Faz-se necessário realizar o rastreamento dos recursos recebidos ou movimentados pelos investigados e de averiguar eventuais patrocinadores das invasões ilegais dos dispositivos informáticos (smartphones)”, disse o juiz.

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